China reforça controle sobre exportações de metais usados na produção de semicondutores

PEQUIM, 3 de julho (Reuters) – A China controlará as exportações de alguns metais amplamente utilizados na indústria de semicondutores, anunciou seu Ministério do Comércio na segunda-feira, no mais recente episódio de uma guerra crescente sobre o acesso a microchips de alta tecnologia entre Pequim e os Estados Unidos.

Os controles, que a China disse visar proteger a segurança nacional e os interesses, exigirão que os exportadores solicitem permissão para enviar alguns produtos de gálio e germânio.

Essa medida de gerenciamento das exportações dos elementos raros classificados como estratégicos por Pequim ocorre enquanto Washington considera novas restrições ao envio de microchips de alta tecnologia para a China, segundo relatos da mídia.

Os Estados Unidos e a Holanda também estão preparados para dar um golpe duplo nos fabricantes de chips da China neste verão, restringindo ainda mais as vendas de equipamentos para fabricação de chips, como parte dos esforços para evitar que sua tecnologia seja usada para fortalecer o exército chinês.

As restrições da China, que entrarão em vigor em 1º de agosto, se aplicarão a oito produtos relacionados ao gálio: antimônio de gálio, arseneto de gálio, metal de gálio, nitreto de gálio, óxido de gálio, fosfeto de gálio, seleneto de gálio e arseneto de índio e gálio.

Elas também se aplicarão a seis produtos de germânio: dióxido de germânio, substrato de crescimento epitaxial de germânio, lingote de germânio, metal de germânio, tetracloreto de germânio e fosfeto de zinco germânio.

Os exportadores precisarão passar por procedimentos para obter licenças de exportação, informou o Ministério do Comércio da China em comunicado.

Aqueles que exportarem esses produtos sem permissão e aqueles que exportarem em excesso dos volumes permitidos serão punidos, disse o comunicado.

O germânio também é utilizado em tecnologia infravermelha, cabos de fibra óptica e células solares.