Ciao, Berlusconi!
Silvio Berlusconi apresentou ao presidente Girgio Napolitano, na tarde de hoje, finalmente, sua renncia; deixa atrs de si uma Itlia atolada numa das mais graves crises econmicas de sua conturbada histria
247 com Agência Estado – O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, apresentou hoje sua carta de renúncia ao presidente italiano, Giorgio Napolitano. Como prometido por ele mesmo, Berlusconi renunciou após a Câmara dos Deputados aprovar mais cedo um pacote de austeridade fiscal exigido pela União Europeia, em meio à grave crise que atinge a região. As medidas já haviam sido aprovadas pelo Senado italiano na sexta-feira.
A Câmara de Deputados da Itália adotou neste sábado o pacote de ajustes exigidos pela União Europeia para remediar a crise econômica no país. A aprovação foi estabelecida por Berlusconi como condição para que o primeiro-ministro apresentasse sua renúncia ao cargo.
As medidas, aprovadas pelo Senado na sexta-feira -- e parte de uma emenda à proposta orçamentária de 2012 --, preveem uma rodada bem mais pesada de austeridade fiscal, que provavelmente será implementada por um governo de união. A expectativa é de que o governo de emergência seja liderado pelo senador vitalício Mario Monti, com quem Berlusconi se reuniu por duas horas neste sábado.
A votação na Câmara foi acompanhada de perto, porque Berlusconi afirmou que renunciaria assim que as medidas fossem aprovadas no Parlamento. Espera-se que Berlusconi apresente ainda hoje sua carta de renúncia ao presidente italiano, Giorgio Napolitano.
O pacote foi adotado definitivamente pelo Parlamento, depois do que o multimilionário político prometeu apresentar sua demissão ante o presidente Napolitano para ser substituído por um governo de emergência que se comprometa em reduzir a colossal dívida pública do país.
Medidas
A dívida pública da Itália corresponde atualmente a 120% do PIB do país. O pacote aprovado prevê a venda de boa parte do patrimônio imobiliário e de terrenos agrícolas do governo italiano, a privatização de empresas públicas – entre elas as de energia, transportes, aquedutos e lixo – e a elevação da idade para a aposentadoria de 65 para 67 anos em 2026.
Também estão previstos um enxugamento da máquina pública e incentivos fiscais para reduzir o desemprego entre os jovens. O pacote conta ainda com estímulos – entre eles deduções fiscais e compensações – a empresas interessadas em participar da construção de novas auto-estradas e outras infraestruturas, para estimular o crescimento da economia. Os funcionários públicos que estiverem trabalhando em escritórios com excesso de pessoal também receberão indenização por dois anos de 80% do salário se aceitarem se submeter a transferência.
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