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Conselho Mundial de Igrejas expressa preocupação com repressão à Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou em Kiev

"É lamentável que tais ações - inclusive em relação à comunidade monástica da antiga Catedral da Dormição Kiev-Pechersk Lavra da IOU - pareçam visar a própria igreja", disse o CMI

Uma vista mostra a Grande Torre do Sino do mosteiro Kyiv Pechersk-Lavra (Foto: REUTERS/Valentyn Ogirenko)

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247 - O secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Jerry Pillay, questionou nesta sexta-feira (17) o respeito do governo ucraniano pela liberdade de crença após Kiev ordenar a expulsão dos monges da Lavra de Kiev-Pechersk.

Em 10 de março, a Reserva Histórica e Cultural Nacional de Kiev-Pechersk, na Ucrânia, ordenou que os monges que vivem no mosteiro deixassem o local até 29 de março, depois que uma comissão interdepartamental ucraniana acusou a Igreja Ortodoxa Ucraniana (IOU) canônica do Patriarcado de Moscou de violar os termos de um acordo sobre o uso de propriedade estatal. O ministro da Cultura da Ucrânia, Oleksandr Tkachenko, disse que os monges poderiam permanecer na Lavra se se juntassem à Igreja Ortodoxa da Ucrânia cismática, uma decisão que, apontou, pode ser "estimulada através do trabalho conjunto de especialistas e agentes da lei". 

"É lamentável que tais ações - inclusive em relação à comunidade monástica da antiga Catedral da Dormição Kiev-Pechersk Lavra da IOU - pareçam visar a própria igreja. As ações sendo tomadas contra a IOU parecem levantar questões genuínas em relação ao respeito pela liberdade de religião ou crença", disse Pillay em um comunicado.

A declaração veio após o papa Francisco pedir "respeito" aos locais religiosos na Ucrânia.

O CMI continuará monitorando a situação e respondendo a seu desenvolvimento de acordo com os princípios internacionais para a proteção dos direitos humanos e da liberdade de religião, acrescentou Pillay.

A Igreja Ortodoxa Russa afirma que a IOU é uma "igreja autônoma com amplos direitos de autonomia" dentro do Patriarcado de Moscou. No entanto, após a operação militar que a Rússia lançou na Ucrânia há um ano, a IOU afirmou que era independente do Patriarcado de Moscou e não apoiava o conflito. Em janeiro, o governo ucraniano apresentou um projeto de lei ao parlamento que busca proibir a UOC na Ucrânia se sua conexão com a Rússia for comprovada. (Com Sputnik)

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