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    Ao contrário do Butantan, Turquia divulga dados e diz que Coronavac tem 91,25% de eficácia contra Covid-19

    O anúncio feito pela Turquia contradiz posicionamento do governo do estado de São Paulo, que disse que o percentual não poderia ser revelado agora porque a Sinovac queria unificar os números de todos os ensaios de fase 3 da vacina chinesa

    (Foto: REUTERS/Thomas Peter)

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    (ANSA) - A Turquia anunciou nesta quinta-feira (24) que a vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, tem 91,25% de eficácia na prevenção da Covid-19.

    O número é o resultado da análise preliminar do ensaio clínico de fase 3 conduzido no país, que já encomendou 50 milhões de doses do imunizante, sendo que o primeiro carregamento deve chegar na próxima segunda-feira (28).

    Inicialmente, a Turquia planejava iniciar sua campanha de vacinação em 11 de dezembro, mas o envio das doses acabou atrasando.

    Além da eficácia de 91,25%, pesquisadores do conselho científico do governo afirmaram que a Coronavac não produziu efeitos colaterais sérios, a não ser por uma reação alérgica em um voluntário.

    "Agora estamos confiantes de que a vacina é eficaz e segura para o povo turco", disse o ministro da Saúde, Fahrettin Koca. Os dados de eficácia ainda não foram analisados de maneira independente.

    São Paulo

    O anúncio feito pela Turquia nesta quinta-feira contradiz o novo posicionamento do governo do estado de São Paulo, que também está testando a vacina e a produzirá no Instituto Butantan.

    Após ter prometido divulgar dados de eficácia em 15 de dezembro e depois no dia 23, a gestão de João Doria afirmou na última quarta que o percentual não poderia ser revelado agora porque a Sinovac quer unificar os números de todos os ensaios de fase 3.

    "Temos um contrato com a Sinovac que especifica que o anúncio desse número precisa ser feito em conjunto, no mesmo momento. Apresentamos esses números à nossa parceira que, no entanto, solicitou que não houvesse a divulgação pelo motivo que eles necessitam analisar cada um dos casos para poder aplicar esses casos à agência NMPA, que é a Anvisa da China", justificou o diretor do Butantan, Dimas Covas.

    Apesar disso, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, garantiu que o imunizante atingiu um índice de eficácia suficiente para ser aprovado pela Anvisa.

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