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    Delegação do Hamas vai ao Cairo nesta segunda-feira para negociações sobre cessar-fogo em Gaza

    Enquanto isso, Israel prepara ofensiva contra Rafah, na Faixa de Gaza

    (Foto: Reuters)

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    Reuters - Uma delegação do Hamas visita o Cairo, capital do Egito, nesta segunda-feira (29), para negociações com o objetivo de alcançar um cessar-fogo, disse uma autoridade do Hamas à Reuters neste domingo, enquanto os mediadores se esforçam para que o acordo seja costurado antes de um ataque israelense a Rafah, no sul.

    O responsável pela informação, que pediu para não ser identificado, disse que a delegação irá discutir uma proposta de cessar-fogo entregue pelo Hamas aos países mediadores Catar e Egito, bem como a resposta de Israel.

    Na sexta-feira, Khalil Al-Hayya, funcionário de alto escalão do Hamas, disse que o grupo recebeu a resposta de Israel à proposta de cessar-fogo e estava estudando antes de formalizar um retorno aos mediadores egípcios e catarianos.

    As rodadas anteriores de negociações não conseguiram preencher as lacunas nas posições dos dois lados. O Hamas quer um acordo para o fim permanente da guerra e para que Israel retire as suas forças da Faixa de Gaza.

    Israel ofereceu apenas um cessar-fogo temporário para que sejam libertados cerca de 130 reféns que permanecem em cativeiro e para permitir a entrega de mais ajuda humanitária. Afirmou que não encerrará as suas operações até que tenha alcançado o seu objetivo de destruir o Hamas.

    O ministro das Relações Exteriores de Israel disse no sábado que uma incursão planejada em Rafah, onde mais de um milhão de palestinos estão abrigados, poderia ser adiada caso surgisse um acordo para libertar os reféns israelenses.

    A questão criou fissuras na coligação do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ministros mais linha-dura insistem na incursão em Rafah, enquanto parceiros mais de centro afirmam que um acordo pelos reféns é a principal prioridade.

    O ministro das Finanças Bezalel Smotrich, um linha-dura, pediu no domingo a Netanyahu que não recue de um ataque a Rafah e disse que concordar com a proposta de cessar-fogo constituiria uma derrota humilhante.

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