Departamento de Justiça dos EUA proíbe retorno de Assange a Washington sem permissão prévia
Julian Assange se declarou culpado da acusação de conspirar para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais relacionadas à defesa nacional dos Estados Unidos
Sputnik - A confissão de culpa do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, conclui um processo criminal contra ele, mas ele não pode retornar aos Estados Unidos sem permissão.
É o que afirmou, entre esta terça (25) e quarta-feira (26), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (EUA).
Julian Assange se declarou culpado em um tribunal federal dos EUA da acusação de conspirar para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais relacionadas à defesa nacional dos Estados Unidos. O julgamento aconteceu nas Ilhas Marianas do Norte, um território no Pacífico administrado por Washington.
"A confissão de culpa conclui um processo criminal que remonta a março de 2018... Após a imposição da sentença, ele partirá do território dos Estados Unidos para a sua terra natal, a Austrália. Segundo o acordo de confissão, Assange está proibido de regressar aos Estados Unidos sem permissão", diz a declaração do Departamento de Justiça.
Assange, um cidadão australiano, foi transferido para a prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, em abril de 2019, sob acusação de violação da fiança. Nos EUA, foi processado ao abrigo da Lei da Espionagem por obter e divulgar informações confidenciais que esclarecem crimes de guerra e violações dos direitos humanos cometidas pelas tropas dos EUA no Iraque e no Afeganistão.
Não houve suborno
Durante a audiência, o fundador do WikiLeaks disse a um juiz norte-americano que ninguém tentou suborná-lo ou coagi-lo a se declarar culpado. Além disso, relatórios apontam que o governo norte-americano não busca "qualquer confisco de Assange".
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