Descaso de Bolsonaro com meio ambiente leva Brasil ao isolamento internacional
O jornalista Jamil Chade escreve sobre o impasse a que o governo Bolsonaro foi levado por seu descaso com o meio ambiente
247 - A ONU está organizando uma reunião para o próximo dia 12 para comemorar os cinco anos do Acordo de Paris e avisou aos governos que a participação em nível de chefe de Estado só seria bem-vinda se estes estiverem dispostos a apresentar resultados, ou seja, para anunciar novas metas ambiciosas de redução de emissões ou de preservação da floresta.
O jornalista Jamil Chade, que acompanha em Genebra as atividades das Nações Unidas, narra que a ONU avisou por carta que os governos que não tivessem trabalho para mostrar deveriam evitar a participação. Dezenas de países já responderam de forma positiva, num processo que está sendo liderado pela França, Reino Unido, Chile e Itália.
No evento, durante horas, presidentes e primeiros-ministros tomarão a palavra para assumir compromissos com o meio ambiente.
No caso do Brasil, a resposta não é clara. "O Itamaraty ignorou os pedidos de informação sobre uma participação ou não do presidente Jair Bolsonaro", escreve Jamil Chade.
O Ministério do Meio Ambiente informou que sposta, confirma a participação, mas nada disse sobfre a participação de Bolsonaro. O jornalista escreve que no Palácio do Planalto nenhuma resposta foi dada ao ser questionado sobre a participação do presidente.
"Ao longo dos últimos meses, Bolsonaro e seus ministros têm usado reuniões internacionais para atacar países estrangeiros, e raramente para apresentar projetos concretos sobre o que tem feito parar frear o desmatamento.Tal postura, segundo revelam negociadores em Nova Iorque, não será bem-vinda na próxima cúpula". "Chega de demagogia", disse um dos organizadores. "O mundo precisa agir", alertou.
A realidade é que o desmatamento no Brasil colocou o governo de Jair Bolsonaro numa saia-justa inédita e numa encruzilhada internacional, avalia Jamil Chade.
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