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    Dois terços dos alemães rejeitam nomeação de Scholz para um novo mandato

    Relatório revela queda na popularidade de Olaf Scholz, enquanto desafios internos e externos abalam sua liderança

    Chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, durante sessão do Parlamento do país em Berlim (Foto: REUTERS/Michele Tantussi)

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    247 – Uma nova pesquisa YouGov aponta que dois terços dos alemães são contrários à reeleição de Olaf Scholz como chanceler. Segundo o relatório, a confiança na liderança de Scholz tem diminuído em meio a uma série de crises internas e globais, que colocam em xeque sua capacidade de governar por mais um mandato.

    A sondagem recente, reportada pela Sputnik, revelou que uma ampla maioria dos entrevistados está insatisfeita com o desempenho de Scholz, refletindo uma erosão de apoio ao longo de seu primeiro mandato. Entre os principais motivos estão as críticas à sua gestão da economia alemã, que enfrenta uma série de desafios, incluindo inflação, alta nos preços da energia e o impacto contínuo da guerra na Ucrânia sobre o país.

    Além disso, Scholz tem sido alvo de críticas por sua política externa. Sua resposta inicial à invasão russa na Ucrânia foi considerada hesitante por alguns aliados ocidentais, com muitos questionando seu compromisso com o envio de apoio militar substancial a Kiev. Embora tenha endurecido sua postura com o passar do tempo, parte do dano à sua imagem já estava feito.

    Scholz, que assumiu o cargo após Angela Merkel, enfrentou desde o início uma tarefa hercúlea de manter a coalizão governamental coesa. Formada por uma aliança de três partidos – os sociais-democratas, os verdes e os liberais –, essa coalizão tem sido marcada por divergências internas, o que contribuiu para a percepção pública de um governo enfraquecido.

    Em entrevista recente, Scholz afirmou que está comprometido em "reconstruir a confiança" e que acredita que a recuperação econômica da Alemanha será o ponto de virada para sua gestão. “Estamos enfrentando um período difícil, mas acredito firmemente na força e resiliência da Alemanha. Juntos, superaremos essas crises”, declarou.

    No entanto, especialistas políticos alertam que a queda de popularidade de Scholz pode complicar suas chances de reeleição. As divisões internas em sua coalizão, a pressão de uma oposição revigorada e a crescente insatisfação pública tornam o caminho para um segundo mandato incerto. Alguns analistas sugerem que, para garantir sua reeleição, Scholz precisará promover reformas rápidas e mais efetivas, particularmente na economia e na política externa.

    A oposição, por sua vez, está capitalizando a frustração popular. Recentemente, líderes conservadores intensificaram seus ataques, chamando o governo de Scholz de "ineficiente" e "desconectado das necessidades do povo". A liderança da União Democrata-Cristã (CDU) tem enfatizado a necessidade de uma "mudança de direção" na política alemã, sugerindo que Scholz falhou em dar continuidade ao legado de Merkel.

    Com a aproximação das próximas eleições, o cenário político na Alemanha promete ser altamente competitivo, com os olhos voltados para como Scholz lidará com as crescentes críticas e os desafios que se avolumam em seu governo.

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