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    Economia do Líbano poderá cair 9,2% se ataques israelenses não pararem

    Alerta é do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

    Fumaça de um ataque israelense sobe dos subúrbios ao sul de Beirute, em meio a ataques israelenses em andamento, em Beirute, Líbano, 5 de outubro de 2024 (Foto: Reuters)

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    Sputnik - A escalada das hostilidades no Líbano gera um impacto profundo na vida da população, e também influencia na economia do país, o que conta significativamente, alertou o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, na sigla em inglês).

    Um relatório publicado pelo PNUD em nesta quarta-feira (23) alerta que a economia libanesa poderá sofrer uma contração de até 9,2% se as hostilidades continuarem até ao final do ano.

    "O risco desta queda vertiginosa do Produto Interno Bruto (PIB) soma-se à contração de 28% registrada entre 2018 e 2022 e anularia os avanços na estabilidade econômica alcançados em 2002", alerta a análise feita pelo PNUD.

    A avaliação do PNUD ressalta que o conflito tem profundas implicações econômicas a curto prazo, incluindo um encolhimento significativo em setores-chave como turismo, agricultura, indústria transformadora, comércio e outros serviços.

    Ativistas palestinos gritam slogans enquanto seguram cartazes com fotos do falecido líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e bandeiras do Hezbollah, Líbano e Palestina durante um protesto para marcar o aniversário de um ano da guerra entre Israel e Hamas, na cidade de Ramallah. Cisjordânia, 7 de outubro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 22.10.2024

    O programa da ONU prevê que mesmo que as hostilidades cessem no final de 2024, a economia poderá encolher em cerca de 2,3% em 2025 e 2,4% em 2026, devido a uma desaceleração da atividade econômica esperada, à recuperação lenta prevista nos esforços para reconstrução e perdas de capital significativas em todos os setores.

    "O povo do Líbano enfrenta não só a ameaça imediata à vida, mas também o aumento da pobreza, a crescente instabilidade social e a agitação civil. As repercussões do conflito na economia do Líbano e no desenvolvimento a longo prazo podem ser muito graves. O que é mais necessário agora é um cessar-fogo", disse o administrador do PNUD, Achim Steiner, em um comunicado.

    O estudo adverte, ainda, que devido ao contexto geopolítico, o atual cenário de conflito entre o Hezbollah e Israel pode ser mais prejudicial ao Líbano que a escalada envolvendo os dois países em 2006, que causou uma queda do PIB entre 8% e 10%.

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