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    Egípcios voltam à praça Tahrir contra resultado das eleições

    Manifestantes contestam segundo turno entre membro da Irmandade Muçulmana e ex-ministro do regime de Hosni Mubarak

    Egípcios voltam à praça Tahrir contra resultado das eleições (Foto: Mohamed Abd El Ghany/REUTERS )
    Roberta Namour avatar
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    Sandro Fernandes, Cairo – Opera Mundi - Milhares de egípcios saíram às ruas nesta segunda-feira (28/05) para protestar contra a confirmação pelo Comitê Eleitoral dos candidatos que passaram ao segundo-turno nas eleições presidenciais do Egito. A definição do novo chefe de Estado será entre os candidatos Mohammed Mursi e Ahmed Shafiq. Mohammed Mursi representa o PLJ (Partido Liberdade e Justiça), braço político da Irmandade Muçulmana, enquanto Ahmed Shafiq é um antigo membro do regime de Hosni Mubarak, ditador no Egito durante 30 anos que renunciou em fevereiro de 2011 após uma onda de protestos no país.

    A maioria dos manifestantes que está concentrada na praça Tahrir carrega cartazes do candidato nacionalista Hamdin Sabbahi, o preferido dos revolucionários, que terminou em terceiro na contagem final dos votos. Sabbahi ganhou em grandes cidades, como Cairo e Alexandria, mas perdeu a chance de disputar o segundo turno devido ao pouco apoio recebido na zona rural.

    “Estamos lutando desde o início do ano passado para pôr fim à era Mubarak. Não aceitamos que Shafiq seja uma das opções no segundo turno. Ele representa o contrário do espírito revolucionário”, conta o jovem Ahmed, que participou das manifestações "desde o primeiro dia”.

    Na praça Tahrir, não há um palco. Também não há um líder que fale para toda a multidão. Pequenos grupos se organizam em assembleias e debatem os eventos recentes do Egito e “tentam convencer os menos revolucionários da importância de seguir lutando”, segundo palavras de um senhor de meia-idade que carrega um cartaz com a foto de Mursi cortada com uma cruz vermelha. A frase mais repetida entre os participantes é "Horreya", que significa "liberdade" em árabe. O nome de manifestantes mortos nos enfrentamentos com as forças armadas também é repetido como um mantra pela multidão.

     

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