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    Egito permite que ajuda humanitária entre em Gaza por passagem de Kerem Shalom

    Israel assumiu o controle dos pontos de passagem que dão acesso ao sul do território palestino no início de maio, boqueando a passagem de ajuda humanitária desde então

    Caminhão com ajuda humanitária para Gaza (Foto: REUTERS/AMIR COHEN)

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    RFI - O Egito, que se recusa a reabrir a passagem de fronteira de Rafah enquanto as tropas israelenses controlem o lado palestino, anunciou no domingo (26) que finalmente permitiu que caminhões de ajuda passassem pelo ponto israelense de Kerem Shalom. No sábado (25), navios americanos de ajuda marítima se soltaram do porto temporário construído pelos Estados Unidos e encalharam na costa dos lados israelense e palestino.

    Um total de “200 caminhões” saíram do lado egípcio da passagem fronteiriça de Rafah – que dá acesso ao sul da Faixa de Gaza e está fechada por Israel desde maio – e seguiram em direção a Kerem Shalom, cerca de 4 quilômetros mais ao sul.

    Israel assumiu o controle dos pontos de passagem que dão acesso ao sul do território palestino (Rafah e Kerem Shalom) no início de maio, boqueando a passagem de ajuda humanitária desde então.

    O Egito se recusou a reabrir a passagem de Rafah enquanto as tropas israelenses controlarem o lado palestino.

    Mas, o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, comprometeu-se, em conversa telefônica com Joe Biden, a “deixar a ajuda humanitária passar” para Gaza via Kerem Shalom, no sul de Israel, informou a Casa Branca na sexta-feira (24).

    O Al-Qahera News não informou quantos veículos passaram nas verificações, mas disse que “quatro caminhões de combustível” já haviam passado e se dirigiam para hospitais.

    Toda a ajuda proveniente do Egito é inspecionada pelas autoridades israelenses e distribuída através da ONU.

    Os restantes 200 caminhões deverão “entrar em Gaza hoje”, disse à AFP Khaled Zayed, chefe do Crescente Vermelho egípcio na cidade portuária de al-Arich, onde chega a maior parte da ajuda.

    Navios encalhados - A situação humanitária continua preocupante no território palestino, depois de mais de sete meses de uma guerra devastadora

    Navios americanos, que participavam da entrega de ajuda à Faixa de Gaza por via marítima, encalharam no sábado (25) na costa entre o enclave e o lado israelense. Os quatro navios estavam atracados no porto flutuante temporário criado pelos Estados Unidos para entregar ajuda humanitária aos habitantes de Gaza. Segundo Comando Militar Americano para o Oriente Médio (Centcom), as embarcações se soltaram devido ao “mar agitado”.

    Dois deles “estão agora atracados na praia perto do pontão” em Gaza, indica um comunicado de imprensa. Os outros dois, levados pela corrente, “ficaram encalhados na costa israelense, perto de Ashkelon”.

    O (Centcom) garantiu que as operações de ajuda humanitária não serão afetadas e que o porto flutuante temporário construído por Washington está “totalmente funcional”.

    O Exército israelense foi chamado para resgatar os navios e “nenhum americano (militar) entrará em Gaza”, insistiu o centro de comando. O incidente não causou feridos, especificaram as autoridades militares americanas.

    Bombardeios continuam em Rafah - O Exército israelense continuou os bombardeios no domingo em Rafah, apesar da ordem da Corte Internacional de Justiça, em Haia, na Holanda, de suspender imediatamente as operações na cidade, que serve de refúgio para milhares de pessoas na Faixa de Gaza.

    O Ministério da Saúde palestino anunciou no domingo um novo número de mortos de 35.984 no território palestino desde o início da guerra entre Israel e o movimento islâmico, em 7 de outubro.

    Em 24 horas, foram registradas ao menos 81 mortes adicionais, segundo um comunicado de imprensa do ministério que informou sobre 80.643 feridos em mais de sete meses de guerra.

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