Em campanha na ONU, Brasil omite informações sobre violência policial, LGBT e clima
O governo brasileiro produziu um material de propaganda em que coloca as prioridades do país no que se refere aos direitos humanos e seus compromissos, omitindo informações sobre temas como violência, LGBT e clima
247 - Com o objetivo de angariar votos para a eleição que ocorre na ONU neste mês de outubro, o governo brasileiro produziu um material de propaganda em que coloca as prioridades do país no que se refere aos direitos humanos e seus compromissos, informa o jornalista Jamil Chade, que acompanha em Genebra as atividades do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
O Brasil defende no documento família e religião. Mas o governo não diz como pretende se engajar para melhorar a situação das prisões, da tortura, da violência policial, do meio ambiente ou dos homossexuais, que sequer são citados, diz o jornalista.
O Brasil busca renovar seu mandato para o Conselho de Direitos Humanos da ONU. Para isso, precisa de 97 dos 194 votos da Assembleia Geral das Nações Unidas. Mas o que tem chamado a atenção é a forma pela qual o país tem se apresentado ao mundo.
Numa carta introdutória, o chanceler Ernesto Araújo e a ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, deixam claro que os "compromissos assumidos refletem a prioridade absoluta atribuída pelo governo brasileiro à promoção e à protecção dos mais altos padrões de direitos humanos".
Os compromissos, porém, ignoram alguns dos principais pontos de alerta lançados sobre o Brasil por parte da da ONU, diz Jamil Chade.
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