Em crime de guerra, Israel bombardeia abrigos para civis e até escolas em Gaza
Segundo a ONU, 18 instalações de atendimento aos palestinos foram destruídas. Ataques também atingiram estações de água e saneamento
247 - A contraofensiva de Israel na Faixa de Gaza tem se estendido além dos quartéis-generais do grupo Hamas, atingindo diretamente a infraestrutura e locais considerados seguros pela população. De acordo com o jornal O Globo, a ONU informou que 18 instalações essenciais para a população palestina foram destruídas, incluindo escolas transformadas em abrigos e hospitais.
“De acordo com as autoridades palestinas, ao menos 900 pessoas foram mortas e cerca de 168 prédios tiveram suas estruturas danificadas, entre eles sete hospitais e 48 escolas, desde sábado. As Nações Unidas afirmam que os ataques aéreos israelenses danificaram também instalações de água e saneamento, afetando mais de 400 mil pessoas”, ressalta a reportagem. >>> Netanyahu deixa 600 mil palestinos sem água e pode provocar uma das maiores catástrofes humanitárias de todos os tempos
.Pouco após a ofensiva feita pelo Hamas, no sábado (7), o governo de Israel anunciou um “cerco total” a Gaza, incluindo a interrupção do acesso a alimentos e medicamentos. A estratégia do "cerco total", contudo, é proibida pelo direito humanitário internacional.
As autoridades israelenses emitiram um ultimato de 24 horas para que os habitantes de certos bairros da Faixa de Gaza deixassem a área, em uma resposta que classificaram como sem precedentes ao grupo militante. >>> Israel promove catástrofe humanitária sem precedentes na Faixa de Gaza e já se fala em genocídio
A estratégia israelense de advertências prévias também foi limitada devido à sobrecarga da Força Aérea. Embora mensagens de texto e alertas tenham sido enviados, muitos residentes relatam falta de aviso adequado, intensificando o temor na região. A interrupção dos serviços de telefonia e internet agravou a situação, deixando grande parte de Gaza isolada do mundo exterior.
Estimativas da ONU apontam que 187,5 mil palestinos se deslocaram internamente desde o início dos confrontos e outros 137 mil estão nas mais de 80 escolas administradas pela organização espalhadas pela área conflagrada
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