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    Entenda por que o governo de Israel será julgado por genocídio

    O documento elaborado pela África do Sul apontou que um palestino é morto a cada 4 minutos em Gaza, onde há destruição de moradias, hospitais e crianças amputadas sem anestesia

    Benjamin Netanyahu e Faixa de Gaza após ataque de Israel (Foto: ABR | Reprodução/AlJazeera)

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    247 - A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) destacou nesta quarta-feira (3) alguns trechos da peça de acusação da África do Sul contra o governo de Israel pelo crime de genocídio. O documento será apresentado na Corte Internacional de Justiça (Holanda) nos dias 11 e 12 de janeiro.

    De acordo com a Fepal, a peça reforçou que aproximadamente 1 em cada 100 palestinos foi assassinado por forças de Israel desde o dia 7 de outubro. Um palestino em Gaza é morto a cada 4 minutos, continuou o documento, complementando que cerca de 9 mil crianças perderam uma perna ou um braço e ao menos 1.000 amputadas sem anestesia. 

    O governo israelense também será acusado de tentar fazer uma limpeza étnica no Oriente Médio. Foram deslocados à força 1,9 milhão de 2,3 milhões de palestinos, ou seja, 85% da população de Gaza, onde ao menos 60% das casas foram destruídas (+355 mil).

    A Fepal elencou mais algumas partes das acusações. Conforme as estatísticas, 93% da população de Gaza está em insegurança alimentar aguda e o território tem, ainda, 4 em 5 das pessoas mais famintas no mundo. E as pessoas vivem com cerca de 1,5L de água por pessoa/dia, abaixo dos 3L, considerado nível mínimo de sobrevivência.

    Mais de 1,2 milhão de palestinos estão abrigados em instalações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente. Outros números destacados na peça foram um banheiro para cada 4,5 mil pessoas entre as pessoas da Palestina. Apenas 13 dos 36 hospitais ainda estão – parcialmente – funcionando em Gaza, que tem uma média de 4 profissionais de saúde morrendo por dia. 

    Israel é acusado de impedir o nascimento de palestinos. Conforme destacou o documento, segundo a Fapel, Gaza tem cerca de duas mães assassinadas por hora em Gaza.  Há mais de 50 mil mulheres grávidas em Gaza.

     

     

     

     

     

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