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Entidades terão encontro com políticos dos EUA para tratar de risco de golpe no Brasil

Representantes de entidades civis brasileiras tem reuniões previstas com o senador Bernie Sanders e com o deputado Jamie Raskin

(Foto: Oliven Rai / Mídia Ninja | MST)

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247 - Representantes de entidades civis brasileiras viajarão na próxima semana a Washington, capital dos Estados Unidos, onde terão encontros com parlamentares norte-americanos para conversar sobre o risco de golpe na eleição presidencial do Brasil. De acordo com informações publicadas nesta segunda-feira (18) pelo jornal Folha de S.Paulo, o grupo tem reuniões previstas com o senador Bernie Sanders e com o deputado Jamie Raskin, que integra a comissão especial de investigação da invasão do Congresso americano, em 6 de janeiro de 2021. Conversas com outras autoridades dos EUA também estão sendo marcadas.

Sanders foi pré-candidato à presidência norte-americana em 2016 e 2020, pelo Partido Democrata. É considerado uma das principais vozes mais à esquerda da política nos EUA. 

A comitiva incluirá representantes de entidades como Artigo 19, Conectas, Comissão Arns, Greenpeace Brasil, ABGLT, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e Geledés (Instituto da Mulher Negra).

A viagem está sendo organizada pelo WBO (Washington Brazil Office), instituição independente que realiza atividades para a proteção dos direitos humanos e para o desenvolvimento sustentável e socioeconômico.

Ataques de Bolsonaro

Jair Bolsonaro colocou em dúvida, nesta segunda-feira (18), a confiança do sistema eleitoral brasileiro e, novamente, não apresentou provas de suas acusações. 

Políticos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e a deputada federal Joice Hasselmann (PSDB-SP).

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso repudiaram as declarações de Bolsonaro. 

O jurista Marcelo Uchoa e o antropólogo Luiz Eduardo Soares defenderam a prisão do ocupante do Planalto. 

O Grupo Prerrogativas cobrou da Procuradoria-Geral da República (PGR) punição a Bolsonaro. 

Dossiê nos EUA

No primeiro semestre deste ano, integrantes do alto escalão do governo Joe Biden e do Congresso dos Estados Unidos receberam, com alertas sobre o risco de golpe no Brasil. "Seus constantes ataques (de Bolsonaro) às eleições devem levar governos internacionais a apoiar a democracia brasileira", afirmou o relatório entregue a políticos norte-americanos.

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