Eslováquia diz que países ocidentais consideram acordos bilaterais para enviar soldados à Ucrânia
"Não posso dizer com que finalidade e o que eles devem fazer lá", afirmou Robert Fico, acrescentando que a Eslováquia, membro da UE e da Otan, não enviaria soldados para a Ucrânia
(Reuters) - Vários membros da Otan e da União Europeia estão considerando a possibilidade de enviar soldados para a Ucrânia em uma base bilateral, disse o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, nesta segunda-feira.
Fico, que há muito tempo se opõe a suprimentos militares para a Ucrânia e assumiu uma posição vista por alguns críticos como pró-russa, não ofereceu detalhes e outros líderes europeus não comentaram imediatamente sua declaração.
Ele estava falando antes de uma reunião de líderes europeus em Paris, da qual participaria ainda nesta segunda-feira. "Vou me limitar a dizer que essas teses (em preparação para a reunião de Paris) implicam que vários países membros da Otan e da UE estão considerando a possibilidade de enviar suas tropas para a Ucrânia de forma bilateral", disse Fico em uma entrevista coletiva televisionada após uma reunião do conselho de segurança da Eslováquia.
"Não posso dizer com que finalidade e o que eles devem fazer lá", afirmou ele, acrescentando que a Eslováquia, membro da UE e da Otan, não enviaria soldados para a Ucrânia.
Os membros da Otan forneceram bilhões de dólares em armas e munições para Kiev e estão treinando as forças ucranianas. Mas os líderes da Otan, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, têm enfatizado que a aliança militar ocidental quer evitar um conflito direto com a Rússia, o que poderia levar a uma guerra global.
"Nem a Otan nem os aliados da Otan são parte do conflito", disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em 14 de fevereiro.
A Otan não fez comentários imediatos sobre as falas de Fico.
Questionado sobre os comentários, o primeiro-ministro tcheco Petr Fiala disse: "A República Tcheca certamente não está se preparando para enviar soldados para a Ucrânia, ninguém precisa se preocupar com isso".
Fico disse que via o risco de uma grande escalada do conflito na Ucrânia, e que mais informações não poderiam ser reveladas ao público.
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