Esquerda francesa confirma que é o polo para enfrentar a extrema direita e rejeita pedido de apoio de Macron
Macron não tem credenciais para ser apoiado pela esquerda
Prensa Latina - A Frente Popular, que reúne a esquerda francesa para as eleições legislativas do próximo domingo, acusou neste domingo (23) o presidente Emmanuel Macron de mentir e de se aproveitar do cargo para fazer campanha
Através de comunicados e mensagens nas redes sociais, líderes dos partidos A França Insubmissa (LFI), Socialista (PS), Comunista Francês (PCF) e Europa Ecologia os Verdes (EELV) rejeitaram os ataques do mandatário à esquerda em uma carta dirigida aos eleitores, pedindo-lhes para apoiar o governo nas urnas no dia 30 de junho.
Na carta publicada este domingo pela imprensa regional, Macron apelou ao voto e apresentou seu campo, a força governante Renascimento e seus aliados, como a melhor alternativa para o país frente ao que classificou como extremos, tanto de direita quanto de esquerda.
De acordo com o primeiro-secretário do PS, Olivier Faure, o chefe de Estado violou com sua carta a lei sobre campanhas e seu financiamento, enquanto o coordenador da LFI, Manuel Bompard, desmentiu que a Frente Popular pretenda aumentar os impostos se chegar ao poder, um dos pontos abordados pelo presidente na sua carta.
Também não estamos divididos no que se refere à mudança climática nem nos falta clareza na defesa da laicidade e no combate ao antissemitismo, denunciou Bompard.
A esse respeito, ele considerou que Macron contribui com sua mensagem para a degradação do debate público.
Por sua vez, os secretários nacionais do PCF, Fabien Roussel, e da EELV, Marine Tondelier, assinaram um comunicado acusando o mandatário de semear o medo entre os franceses como meio para se manter no poder.
Além disso, atribuíram às políticas do governo a responsabilidade de colocar o país à beira do abismo e levar milhões de pessoas a votar na extrema direita.
Nas legislativas de 30 de junho, que terão a segunda rodada em 7 de julho, os campos buscam a maioria absoluta na Assembleia Nacional (289 de 577 deputados), o que permitirá chegar ao poder através do cargo de primeiro-ministro.
Todas as pesquisas colocam o partido de extrema direita União Nacional com pelo menos um terço das intenções de voto, a Frente Popular com até 29 por cento, relegando o governo ao terceiro lugar, com 20 por cento, muito longe da possibilidade de ser maioria e manter Gabriel Attal como primeiro-ministro.
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