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    Estados Unidos e UE preparam novas sanções contra a Geórgia em meio a protestos e crise política

    País vive impasse político após eleições no último final de semana

    Policiais de choque atuam enquanto apoiadores da oposição da Geórgia participam de manifestação em frente ao prédio do Parlamento em Tbilisi, Geórgia - 29/11/2024 (Foto: REUTERS/Irakli Gedenidze)
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    247 - Os Estados Unidos preparam a imposição de sanções adicionais à Geórgia nas próximas semanas, afirmou nesta segunda-feira (16) o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller. "Estamos preparando um pacote adicional de sanções que será implementado nas próximas semanas", disse Miller a jornalistas, de acordo com a Sputnik

    Miller declarou que os EUA estão "profundamente preocupados" com o estado da democracia na Geórgia, acusando o partido governista Sonho Georgiano de minar o sistema democrático do país.

    União Europeia - Os países da UE concordaram em impor restrições de visto a autoridades e diplomatas georgianos devido à situação no país, e a proposta da Comissão Europeia será apresentada até o final deste ano, afirmou nesta segunda-feira a chefe de política externa da UE, Kaja Kallas. "Hoje, concordamos sobre a necessidade de suspender o regime de isenção de vistos para portadores de passaporte diplomático, e a Comissão fará uma proposta ainda este ano. Também discutimos a aplicação de sanções contra as autoridades georgianas responsáveis pela violência contra manifestantes pacíficos", disse Kallas durante uma coletiva de imprensa após a reunião ministerial de Relações Exteriores da UE em Bruxelas, de acordo com a Sputnik.

    Mais cedo nesta segunda-feira, o primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, disse que sanções impostas pela Lituânia e Estônia contra autoridades georgianas podem ser descritas como "provocações", e Tbilisi não tomará medidas de retaliação. No início de dezembro, Lituânia e Estônia impuseram sanções contra diversos funcionários georgianos, incluindo Kobakhidze, alegando repressão contra manifestantes da oposição. "Isso é uma provocação à qual não iremos ceder... Teremos uma reação pragmática a qualquer decisão desse tipo. É uma pena que esses países não ajam de acordo com os interesses de seus povos, mas seguindo ordens externas", declarou Kobakhidze a jornalistas. As autoridades georgianas decidiram não responder da mesma forma, pois Tbilisi tem "respeito pelo povo desses países", acrescentou o primeiro-ministro.

    Uma nova onda de protestos da oposição abalou a Geórgia nas últimas semanas, após Kobakhidze declarar que o governo havia decidido não prosseguir com a abertura das negociações de adesão à UE e rejeitar o apoio financeiro do bloco até 2028. O Serviço de Segurança do Estado da Geórgia afirmou que os protestos estavam sendo coordenados por atores estatais estrangeiros com o objetivo de perturbar a eleição presidencial de 14 de dezembro. A eleição presidencial ocorreu na Geórgia em meio a contínuos protestos da oposição contra o partido governista e à recusa da presidente em fim de mandato, Salome Zourabichvili, em deixar o cargo. O candidato do partido governista, Mikheil Kavelashvili, foi eleito presidente do país, anunciou o presidente da Comissão Eleitoral Central, Giorgi Kalandarishvili, no último sábado. Esta foi a primeira eleição na Geórgia em que o presidente foi escolhido por um Colégio Eleitoral de 300 membros, e não por voto direto, após a emenda constitucional de 2017. Com a oposição boicotando a eleição, o ex-jogador de futebol Kavelashvili foi o único candidato registrado para o pleito. 

    Zourabichvili argumentou que, com um parlamento ilegítimo, não poderiam haver eleições presidenciais legítimas. Ela também se declarou a única representante legítima do poder no país. Em resposta, Kobakhidze afirmou compreender o "estado emocional" de Zourabichvili, mas ressaltou que, no dia da posse, em 29 de dezembro, ela terá que deixar sua residência e entregá-la ao presidente legitimamente eleito. (Com informações da Sputnik). 

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