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    EUA anunciam nova bomba atômica com foco em destruir bunkers e centros subterrâneos

    Departamento de Defesa dos EUA diz que "iniciativa não é resposta a eventos específicos, mas sim consequência de avaliação contínua do ambiente de segurança em constante evolução"

    Joe Biden (Foto: Brendan McDermid/Reuters)

    247 - O Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DoD) anunciou na última sexta-feira (27) a intenção de desenvolver uma nova bomba atômica, denominada B61-13, com o propósito de atacar bunkers e centros de comando subterrâneos, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo. O projeto está condicionado à autorização e à alocação de recursos pelo Congresso dos EUA.

    A produção da B61-13 será realizada pela Administração Nacional de Segurança Nuclear do Departamento de Energia (NNSA), e a decisão de desenvolvê-la foi tomada em estreita colaboração com a NNSA, em resposta ao "ambiente de segurança em constante evolução", conforme descrito na Revisão da Postura Nuclear de 2022.

    O Secretário de Defesa para Política Espacial, John Plumb, comentou sobre o anúncio, afirmando que a decisão reflete as mudanças no ambiente de segurança e as crescentes ameaças de potenciais adversários. Ele destacou que os Estados Unidos têm a responsabilidade de continuar avaliando e implantando as capacidades necessárias para dissuadir de maneira crível e, se necessário, responder a ataques estratégicos e garantir a segurança de seus aliados.

    A B61-13 poderá ser lançada por "aeronaves modernas, fortalecendo a capacidade de dissuasão contra adversários e a garantia de aliados e parceiros, ao fornecer ao Presidente opções adicionais contra alvos militares mais difíceis e de grande extensão". Esta nova bomba substituirá parte das B61-7s no estoque nuclear atual e terá um poder destrutivo semelhante ao das B61-7s, mas superior ao das B61-12.

    O desenvolvimento da B61-13 aproveitará as capacidades de produção já estabelecidas que sustentam a B61-12, incorporando recursos modernos de segurança, precisão e eficácia, similares aos presentes na B61-12.

    O anúncio do Departamento de Defesa estadunidense ainda diz que "é importante destacar que essa iniciativa não é uma resposta a eventos específicos, mas sim uma consequência de uma avaliação contínua do ambiente de segurança em constante evolução".

    O anúncio do governo dos Estados Unidos sobre o desenvolvimento da B61-13 visa lidar com os desafios representados pelos bunkers e centros de comando subterrâneos que estão se tornando mais comuns entre seus rivais, como a China, Rússia, Irã e Coreia do Norte, diz a Folha. Este novo armamento terá uma capacidade destrutiva superior aos modelos táticos de queda livre atualmente em uso pelos Estados Unidos.

    A designação da bomba, B61-13, segue o padrão americano, onde "B" indica bomba de gravidade lançada por aviões, "61" representa o ano de seu desenvolvimento (1961), e "13" denota a versão específica do armamento. Atualmente, o arsenal americano desse tipo de arma inclui cinco modelos ativos, sendo o B61-12 o mais moderno, produzido nos últimos dois anos, com um custo aproximado de R$ 150 milhões por unidade.

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