EUA apresentam proposta de "ponte" para estender cessar-fogo em Gaza, diz Casa Branca
Segundo a Casa Branca, que apoiou o genocídio cometido por Israel, a ideia é a pausa nos conflitos durar para além do Ramadã e da Páscoa
247 - Autoridades norte-americanas, incluindo o enviado especial de Donald Trump, Steve Witkoff, apresentaram uma proposta para ser uma espécie de "ponte", de mediador, no sentido de estender o cessar-fogo na Faixa de Gaza. A ideia é que a pausa no genocídio cometido por Israel no território palestino dure para além do Ramadã e da Páscoa.
A data do Ramadã atende ao calendário islâmico, que é baseado nos ciclos lunares e tem meses com 29 ou 30 dias. Em 2025, o 9º mês do calendário islâmico compreende ao período 28 de fevereiro a 30 de março. A Páscoa é o período entre 22 de março até 25 de abril.
Em comunicado, a Casa Branca (EUA) afirmou que, "na noite de quarta-feira (12), em Doha, no Catar, “o enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e o diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional para o Oriente Médio e Norte da África, Eric Trager, apresentaram uma proposta de 'ponte' para estender o cessar-fogo além do Ramadã e da Páscoa e permitir tempo para negociar um marco para um cessar-fogo permanente".
"Por meio de nossos parceiros do Catar e do Egito, o Hamas foi informado, em termos claros, que essa 'ponte' teria que ser implementada em breve — e que o cidadão israelense-americano Edan Alexander teria que ser liberado imediatamente", acrescentou o comunicado.
Mais cedo naquele dia, o Hamas afirmou que havia recebido uma proposta de mediadores para retomar as negociações sobre a segunda fase do acordo de cessar-fogo em Gaza. O movimento disse que concordou em libertar Edan Alexander, além de entregar os corpos de quatro prisioneiros com dupla cidadania.
Cronologia
De 19 de janeiro a 1º de março, um cessar-fogo vigorou em Gaza como parte da primeira fase do acordo entre Israel e o Hamas para a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.
Na noite de 2 de março, após o término da trégua de 42 dias, as autoridades israelenses anunciaram que Witkoff havia proposto um novo plano para estender a trégua temporária na Faixa de Gaza, uma vez que atualmente era impossível superar as diferenças entre Israel e o Hamas em relação a um fim completo da guerra. O escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel concordou com o plano, enquanto o Hamas não.
Também em 2 de março, Israel anunciou a proibição da entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza e ameaçou aumentar a pressão sobre o Hamas por se recusar a aceitar o novo plano dos EUA para estender a trégua no enclave e liberar os reféns restantes (com Sputnik).
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