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    EUA mantêm sanções contra a Venezuela por mais um ano

    Em documento, presidente Joe Biden afirmou que a situação na Venezuela continua representando uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à política externa dos EUA

    Joe Biden e Nicolás Maduro (Foto: Reuters)

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    Sputnik Brasil - A decisão de manter sanções contra a Venezuela foi anunciada nesta terça-feira (5) pelo presidente dos EUA, Joe Biden, via carta enviada ao Congresso norte-americano.

    "A situação na Venezuela continua representando uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos. Por esta razão, determinei que é necessário continuar a emergência nacional declarada na Ordem Executiva 13.692 com relação a situação na Venezuela", escreveu.

    ONU CRITICOU SANÇÕES - No mês passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece que as sanções impostas à Venezuela estão impedindo a implementação de planos sociais e agravando a crise humanitária no país.

    As medidas, segundo o relator especial da ONU sobre o direito à alimentação, Michael Fakhri, limitam drasticamente a capacidade do governo de financiar programas sociais e fornecer serviços básicos à população.

    "As sanções congelaram ativos do governo venezuelano e restringiram seu acesso ao mercado financeiro internacional", afirma Fakhri. "Isso impactou drasticamente sua capacidade de financiar programas de proteção social e fornecer serviços públicos básicos, como saúde, educação e alimentação."

    FOME E DESNUTRIÇÃO ATINGEM NÍVEIS ALARMANTES NA VENEZUELA - Durante sua missão de duas semanas à Venezuela, Fakhri se reuniu com representantes do governo, do Poder Judiciário, de instituições independentes, de comunidades indígenas, de especialistas e de atores da sociedade civil.

    O especialista reconheceu os esforços do governo de Maduro para reduzir a dependência do país da receita do petróleo e promover a produção local, mas manifestou sua profunda preocupação com a gravidade da fome e da desnutrição, que atingem uma parcela significativa da população venezuelana.

    "A insegurança alimentar, a desnutrição e a deterioração dos meios de subsistência, agravadas pelas sanções, já resultaram em um aumento da pobreza e da emigração em massa", disse Fakhri.
     

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