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    EUA querem atrair aliados do Golfo com escudo antimísseis

    Nesta quarta-feira (22), reúne-se na Arábia Saudita o Conselho de Cooperação EUA-Golfo

    Sistema antimísseis dos EUA utilizado no Leste europeu (Foto: Kacper Pempel/REUTERS)

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    247 - Os Estados Unidos esperam que as reuniões sobre assuntos militares em Riad, Arábia Saudita, nesta quarta-feira (22), ajudem a avançar em um objetivo de longa data de construir um escudo antimísseis regional, reforçado pela defesa de Israel contra ondas de mísseis e drones iranianos no mês passado, disseram à Reuters autoridades de Washington.

    Ainda não está claro se os aliados do Golfo têm a mesma confiança que os EUA correriam em sua defesa, ou se esses aliados estão dispostos a tomar as medidas necessárias para integrar verdadeiramente as suas defesas na região. 

    A reunião desta quarta-feira em Riad do Conselho de Cooperação EUA-Golfo (CCG) ocorre pouco mais de um mês depois de os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e outros aliados terem ajudado Israel a derrubar centenas de mísseis e drones, a maioria lançados de dentro do Irã.

    A reunião também ocorre tendo como pano de fundo os ataques de mísseis e drones dos Houthis do Iêmen contra a navegação comercial no Mar Vermelho. 

    Um alto funcionário da defesa dos EUA, falando à Reuters sob condição de anonimato, disse que os aliados do Golfo reconheceram que a defesa bem-sucedida de Israel foi resultado de anos de integração de defesa entre os parceiros de Israel.

    A última reunião do CCG foi em Fevereiro de 2023. Não está claro se a reunião deste ano produzirá algum acordo.

    As autoridades dos EUA há muito que reconhecem que muitas nações do Oriente Médio estão relutantes em partilhar diretamente entre si informações sensíveis de defesa, incluindo dados de radar, uma vez que isso poderia revelar vulnerabilidades.

    Dana Stroul, que foi a principal conselheira política do Pentágono para o Oriente  Médio até ao final do ano passado, disse que os países do Golfo precisam tomar uma decisão política sobre se vão avançar com a partilha regional de informações e investimentos em comunicações seguras.

    Mas também existem “dúvidas constantes sobre a vontade dos EUA de apoiar a defesa de parceiros além de Israel”, disse Stroul.

    A delegação dos EUA incluirá oficiais do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, da Agência de Defesa de Mísseis, do Comando Central dos EUA, do Comando Central da Força Naval dos EUA, da Central das Forças Aéreas e da Agência de Cooperação para a Segurança da Defesa.

    Todos os membros do CCG – que incluem Arábia Saudita, Kuwait, Omã, Bahrein, Qatar e Emirados Árabes Unidos – enviarão delegações. 

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