Exército de Israel conclui cerco ao hospital Al-Shifa, em Gaza, após executar centenas de palestinos
"Dezenas de corpos de mártires, alguns em estado de decomposição, foram encontrados dentro e ao redor do hospital Al-Shifa", disse o Ministério da Saúde palestino
247 - O exército de Israel anunciou ter concluído as operações no hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, nesta segunda-feira (1). Segundo a agência de Notícias AFP, os soldados retiraram tanques e outros veículos de combate da área do hospital, encerrando uma operação que durou duas semanas e deixou centenas de mortos. A retirada, porém, não foi confirmada oficialmente.
Segundo as Forças de Defesa de Israel, a operação iniciada em 18 de março resultou na morte de 200 combatentes do grupo palestino Hamas, além da apreensão de armas e documentos. A operação começou no momento em que centenas de palestinos deslocados de suas casas devido aos bombardeios israelenses buscavam refúgio na unidade médica.
O Hamas pediu desculpas ao povo de Gaza pelo sofrimento causado pela guerra que dura quase seis meses e já matou mais de 32,5 mil palestinos. O movimento também manifestou o intuito de continuar a guerra para conseguir a "vitória e aliberdade" do povo palestino.
Em nota, o Ministério da Saúde palestino afirmou que o exército israelense "se retirou do complexo médico de Al-Shifa depois de incendiar os prédios do complexo e desativá-lo completamente". "Dezenas de corpos de mártires, alguns em estado de decomposição, foram encontrados dentro e ao redor do hospital Al-Shifa", diz um outro trecho da nota, segundo a AFP. Relatos apontam que mais de 20 corpos foram recuperados, sendo que alguns deles teriam sido atropelados por veículos militares durante a retirada das tropas israelenses do local.
No domingo (31), o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, afirmou que 21 pacientes do hospital Al-Shifa haviam morrido desde o início da operação israelense. Ainda segundo ele, 107 pacientes permanecem no hospital, incluindo quatro crianças e 28 pacientes em estado crítico. "Muitos têm feridas infectadas e estão desidratados", disse Ghebreyesus. Ainda de acordo com ele, "há apenas uma garrafa de água para cada 15 pessoas".
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