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    'Fala de Lula sacudiu o mundo e pode ajudar a resolver a questão', diz Celso Amorim sobre o genocídio do povo palestino

    Ex-chanceler e conselheiro do presidente ainda condenou a reação de Israel junto ao embaixador brasileiro em Tel Aviv: "show humilhante"

    (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil (26/06/2023))

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    247 - O presidente Lula (PT) tem enfrentado uma onda de reações após suas declarações recentes comparando a atual matança na Faixa de Gaza por Israel ao genocídio perpetrado por Adolf Hitler contra os judeus. No entanto, para Celso Amorim, ex-chanceler do Brasil e assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, a fala do presidente foi positiva.

    Em uma entrevista coletiva no domingo (18), Lula declarou que "o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus". Essas palavras desencadearam uma série de ataques, não apenas em Israel, mas também no Brasil, por parte de entidades sionistas e da imprensa corporativa.

    Em mensagem enviada a Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Celso Amorim avaliou: "a fala de Lula sacudiu o mundo e desencadeou um movimento de emoções que pode ajudar a resolver uma questão que a frieza dos interesses políticos foi incapaz de solucionar".

    Como principal conselheiro de Lula em assuntos diplomáticos, Amorim também criticou fortemente a reação do governo israelense à declaração do presidente brasileiro. O embaixador do Brasil em Tel Aviv, Frederico Meyer, foi chamado para ouvir uma reprimenda da chancelaria israelense, enquanto Lula foi declarado persona non grata em Israel. Em resposta, o governo brasileiro chamou o embaixador de volta ao Brasil para consultas. Amorim descreveu a situação como um "show humilhante" e sem precedentes, destacando que afeta não apenas o embaixador, mas também toda a nação brasileira. 

    O presidente Lula tem se destacado como a principal voz no mundo a se erguer contra o genocídio perpertrado pelo governo de Benjamin Netanyahu contra o povo palestino. Desde o 7 de outubro, Netanyahu já comandou o assassinato de 30 mil palestinos, sobretudo mulheres e crianças, feriu 70 mil, deslocou 1,5 milhão de pessoas e destruiu as residências e a infraestrutura de Gaza. Rabinos judeus ortodoxos do grupo Torah Judaism dão razão ao presidente brasileiro e dizem que as ações de Netanyahu são ainda mais graves do que as práticas nazistas. Confira:

     

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