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    França usa bombas de gás lacrimogêneo para reprimir protestos pró-Palestina em Paris

    Manifestantes acusaram o presidente Macron de ser cúmplice do genocídio promovido por Israel

    Manifestação pró-Palestina em Paris (Foto: Reuters)

    Reuters – A polícia francesa usou gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar uma manifestação proibida em apoio ao povo palestino em Paris na quinta-feira, enquanto o presidente Emmanuel Macron instava os franceses a permanecerem unidos e a não trazerem o conflito Israel-Hamas para casa.

    O ministro do Interior de Macron havia proibido anteriormente protestos pró-palestinos, alegando que eles eram "susceptíveis de gerar distúrbios na ordem pública".

    A França é o lar das maiores comunidades muçulmanas e judaicas da Europa. O conflito no Oriente Médio frequentemente exacerbou tensões domésticas no passado.

    "Não busquemos em casa aventuras ideológicas imitando ou projetando", disse Macron em um discurso solene na TV.

    "Não acrescentemos, por meio de ilusões ou cálculos, divisões internas às divisões internacionais", acrescentou. "O escudo da unidade nos protegerá do ódio e dos excessos."

    Macron disse que o governo havia atuado para aumentar a proteção policial de locais judaicos, incluindo escolas e sinagogas.

    "Este evento é um terremoto para Israel, o Oriente Médio e além", disse ele. "Aqueles que confundem a causa palestina com a justificação do terrorismo estão cometendo um erro moral, político e estratégico."

    Antes de falar, o partido de extrema-esquerda França Inabalável enfrentou críticas por se recusar a chamar o ataque do Hamas de ato de terrorismo, causando tensão com seus parceiros de oposição socialista e verde.

    MANIFESTAÇÃO PROIBIDA

    Apesar da proibição, centenas de manifestantes pró-palestinos se reuniram no centro de Paris em grupos separados que as forças policiais tentaram manter separados.

    Os manifestantes gritaram "Israel assassino" e "Macron cúmplice". Macron já condenou o ataque mortal do grupo militante palestino Hamas e expressou solidariedade com Israel.

    "Vivemos em um país de direito civil, um país onde temos o direito de tomar posição e demonstrar. (É injusto) proibir de um lado e autorizar do outro", disse Charlotte Vautier, de 29 anos, uma funcionária de uma organização sem fins lucrativos que participou da manifestação.

    No início desta semana, o Hamas convocou protestos em todo o mundo muçulmano na sexta-feira em apoio aos palestinos.

    Duas manifestações pró-palestinas em Paris já haviam sido proibidas na quinta-feira, por medo de tumultos, quando o ministro do Interior, Gerald Darmanin, disse aos prefeitos para proibir todos os protestos pró-palestinos em todo o país.

    Desde o ataque transfronteiriço do Hamas a partir de Gaza no sábado, a polícia francesa prendeu mais de 20 pessoas em dezenas de atos antissemitas, incluindo assédio a crianças judias por colegas de escola, informou o governo na quarta-feira.

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