Governo palestino acusa Israel de ignorar a resolução da ONU
Ameaça israelense de realizar ofensiva em Rafah desafia o Conselho de Segurança da ONU, diz governo palestino
Prensa Latina - O governo palestino acusou Israel nesta quarta-feira (27) de manter suas ameaças de atacar a cidade de Rafah, em Gaza, em “desafio flagrante e descarado da resolução de cessar-fogo” do Conselho de Segurança da ONU.
Os líderes desse país querem expandir a guerra de genocídio na Faixa de Gaza, denunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros e dos Expatriados num comunicado.
Ele lembrou que Rafah abriga mais de 1,4 milhão de palestinos, a maioria deles deslocados de outras áreas do território de Gaza.
Israel “não se preocupa com o destino e as suas vidas dessas pessoas, nem tem um plano claro para protegê-las”, observou a mensagem.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e os seus parceiros de extrema-direita no poder estão a tentar criar um clima apropriado para aprofundar a sua guerra terrestre.
A este respeito, citou as palavras dos ministros das Finanças, Bezalel Smotrich, e da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, que apelaram ao ataque sem demora àquela cidade palestina.
Israel iniciou o seu ataque a Rafah dias atrás com bombardeios aéreos e de artilharia, enfatizou o Ministério.
“Condenamos nos termos mais veementes os contínuos crimes da ocupação israelita contra o nosso povo e a privação dos seus direitos civis e necessidades básicas”, sublinhou.
Netanyahu afirmou em diversas ocasiões que o ataque àquela cidade ocorrerá mais cedo ou mais tarde com o argumento de derrotar o Hamas, embora a comunidade internacional rejeite tal ideia por medo de um massacre de civis em grande escala.
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