Guterres diz que Líbano está "à beira do abismo" e que o mundo não pode suportar outra Gaza
"Gaza é um pesadelo sem fim que ameaça devastar toda a região", afirmou Guterres
RT- O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, chamou a atenção para a alarmante situação na Faixa de Gaza, alertando sobre os perigos de uma maior escalada do conflito palestino-israelense no Oriente Médio.
"Gaza é um pesadelo sem fim que ameaça devastar toda a região. Basta olhar para o Líbano. Todos deveríamos estar alarmados com a escalada", declarou nesta terça-feira durante seu discurso na 79ª Assembleia Geral da ONU. Além disso, enfatizou que o país árabe "está à beira do abismo" e pediu às partes envolvidas no conflito e à comunidade internacional que impeçam que o Líbano "se transforme em outra Gaza".
Nesse contexto, Guterres destacou que já condenou várias vezes "os atos abomináveis de terror cometidos pelo Hamas em 7 de outubro de 2023" e que nada pode justificá-los, assim como nada pode justificar "a punição coletiva" contra o povo palestino. Ele também ressaltou a velocidade e a escala "da matança e destruição" no enclave palestino, acrescentando que mais de 200 funcionários da ONU foram mortos nos bombardeios israelenses, muitos deles junto com suas famílias.
"A comunidade internacional deve se mobilizar para alcançar um cessar-fogo imediato, a libertação imediata e incondicional dos reféns e o início de um processo irreversível rumo à solução de dois Estados", defendeu Guterres.
"Aos que continuam minando esse objetivo com mais assentamentos, mais apropriação de terras e mais incitação, eu pergunto: qual é a alternativa? Como o mundo poderia aceitar um único Estado em que um grande número de palestinos estaria incluído sem liberdade, sem direitos e sem dignidade?", questionou o chefe da ONU.
O número de mortos nos recentes ataques israelenses no sul do Líbano subiu para 558, incluindo 50 crianças e 94 mulheres, informou o ministro da Saúde libanês, Firas al Abyad. Além disso, ele relatou que há 1.835 pessoas feridas.
De acordo com a agência Wafa, pelo menos 41.467 civis palestinos morreram e 95.921 ficaram feridos desde o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.
Enquanto isso, dos 251 reféns sequestrados pelo movimento palestino, 97 continuam detidos na Faixa de Gaza, incluindo os corpos de pelo menos 33 pessoas, conforme confirmado pelas Forças de Defesa de Israel (FDI).
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