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    Há quatro dias, colombianos protestam contra governo de extrema direita, que em resposta militariza o país

    Organizações, movimentos sociais e grupos políticos continuaram os protestos na Colômbia pelo quarto dia consecutivo neste 1º de maio, no marco do Dia Internacional do Trabalhador, em repúdio à reforma tributária decretada pelo presidente Iván Duque. O chefe de governo decidiu militarizar o país

    (Foto: Reprodução)

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    247 - Na Colômbia realizam-se manifestações em todas as regiões do país. Em Bogotá, cidadãos manifestam-se nas ruas em repúdio às políticas repressivas contra o povo colombiano. “Aqui estão as pessoas nas ruas organizadas, lutando por uma vida digna”, expressaram os setores populares em Bogotá.

    A organização social Congresso dos Povos por meio de sua conta no Twitter informou sobre a chegada neste sábado do índio Minga a Puerto Resistência, em Cali, um dos principais pontos de concentração da capital do departamento de Valle del Cauca.

    O Congresso do Povo também especificou que neste "1º de maio no sul de Bogotá o povo ainda está nas ruas, apesar da ameaça da força pública e do governo nacional". A entidade denunciou a repressão da Polícia às concentrações na cidade de Pereira, localizada no departamento de Risaralda.

    “Solicitamos que deem garantias de mobilização social. Protestar é um direito ”, destacou o movimento social. Da mesma forma, a mídia local destacou que o Esquadrão Móvel Antimotim (Esmad) continua reprimindo a mobilização em Barranquilla, violando os direitos humanos, impedindo as pessoas de exercer seu direito de protestar.

    Em Catatumbo, são realizados bloqueios e atividades políticas de debate sobre a reforma tributária. Da mesma forma, o povo de Popayán, em Cauca, depois de mais de 80 anos, se mobilizou no dia primeiro de maio, contra a reforma tributária e contra as políticas repressivas do governo Duque, segundo Colômbia Informa.

    O governador de Antioquia, Luis Fernando Suárez Vélez informou neste sábado sobre o novo decreto que rege o dito departamento colombiano, "o toque de recolher vai de 32 para 9 exceções (...) somente a compra de alimentos ou necessidades básicas será permitida através do domicílio" , ele adicionou.

    Por sua vez, segundo o relatório apresentado sexta-feira pela Rede de Direitos Humanos Francisco Isaías Cifuentes, além das oito mortes registradas em Cali, a ação policial deixou um saldo de 84 pessoas levadas a delegacias, 28 feridos, três manifestantes desaparecidos, três pessoas que perderam um olho, bem como uma mulher abusada sexualmente por um agente da Esmad, segundo informações da Telesul.

    O presidente da Colômbia, Iván Duque, de extrema direita, ordenou a militarização do país devido ao aumento dos protestos

    O anúncio do presidente Duque veio logo depois que novas manifestações ocorreram na capital Bogotá, Cali e outras cidades.

    A figura da Assistência Militar esconde a tentativa de militarizar o país para enfrentar a mobilização social. Duque afirmou em nota oficial que contará com a figura da "assistência militar", que continuará até que cessem as manifestações contra a reforma tributária.

    Ele destacou que a "assistência militar" está consagrada na Constituição e acrescentou que será mantida em coordenação com prefeitos e governadores.

    Organizações de defesa dos direitos humanos e movimentos sociais denunciaram a repressão das organizações de segurança contra os manifestantes.

    Informações da Telesul.

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