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    Hegemonia do dólar é um 'privilégio absurdo', diz Dilma

    Presidente do NDB, conhecido como Banco do BRICS, afirmou que um dos objetivos da instituição financeira é levantar capital em moedas locais

    Presidente do Banco do BRICS, Dilma Rousseff (Foto: REUTERS/Aly Song)

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    247 - A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, afirmou que a dominância do dólar no comércio internacional é um "privilégio absurdo" dos Estados Unidos, uma vez que as moedas dos países do Sul Global não são "conversíveis", gerando uma série de problemas macroeconômicos.

    "Nosso grande problema é que as moedas do Sul Global não são conversíveis. O que acontece quando estabelecemos uma relação entre os países da nossa região? Temos de ter dólares. O dólar passa a ser uma referência obrigatória em qualquer relação que tenhamos, seja comercial, financeira, compra de serviços. Num país é necessário acesso a essa moeda, por isso que há reservas", disse Dilma em entrevista ao programa Leaders' Talk, da emissora chinesa CGTN. >>> Dilma Rousseff apresenta perspectivas de trabalho no banco do BRICS

    "Houve um momento na história que um grande político francês chamou essa questão da hegemonia do dólar, essa eterna ligação para que se faça contratos com o dólar, de 'privilégio absurdo'", criticou a ex-presidente do Brasil.

    Dilma Rousseff também afirmou que um dos objetivos do NDB é levantar capital em moedas locais, "auxiliando esses países que integram o NDB a ter um mercado de capitais mais profundo e atuante, contribuindo para um melhor desempenho da economia global".

    Na entrevista, a presidente do NDB também contou que servir como presidente de uma economia emergente a ajudou a entender a necessidade da multipolaridade. Ela também afirmou que o NDB se concentra nos desafios enfrentados pelos países do Sul Global, e que os países em desenvolvimento precisam de mais investimentos. CONFIRA:

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