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    Hostilidades em Mianmar, que atravessa guerra civil, preocupam ONU

    Investigadores estão reunindo evidências de supostos crimes contra a humanidade em meio ao conflito entre opositores e o regime militar

    Um homem segura uma bandeira da Liga Nacional para a Democracia durante um protesto contra o golpe militar, em Yangon, Mianmar, 27 de março de 2021 (Foto: REUTERS/Stringer)

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    (Sputnik) - O Mecanismo Investigativo Independente para Mianmar está acompanhando de perto a escalada das hostilidades no estado costeiro ocidental de Rakhine para avaliar se crimes contra a humanidade estão sendo cometidos durante os combates, disse a ONU nesta quinta-feira (23). 

    "O Mecanismo Investigativo Independente para Mianmar está monitorando de perto a escalada dos combates no estado de Rakhine em Mianmar e avaliando se crimes contra a humanidade ou crimes de guerra foram cometidos. Estamos examinando numerosos relatos de combates de alta intensidade entre o exército de Mianmar e a [organização armada étnica] Exército Arakan, incluindo o aumento da violência e a destruição de propriedades no município de Buthidaung, o que supostamente resultou no deslocamento de milhares de civis, principalmente Rohingya," disse a ONU em um comunicado.

    Os investigadores também estão reunindo evidências de supostos crimes internacionais em outras regiões de Mianmar, dizia o comunicado.

    A ONU lembrou que pessoas que não participam das hostilidades não devem ser alvo, e pediu a todas as partes do conflito que minimizem os danos às habitações e infraestruturas civis.

    Em fevereiro de 2021, os militares tomaram o poder em Mianmar usando um mecanismo constitucional para transferência de poderes em uma situação de emergência. Eles prenderam funcionários do governo, acusando-os de manipulação das eleições gerais, e posteriormente nomearam uma nova administração. A tomada de poder provocou grandes agitações civis, resultando em ampla resistência armada. A oposição criou um governo alternativo de unidade nacional, que inclui ex-membros do partido deposto Liga Nacional para a Democracia e representantes de forças políticas étnicas, que clamam por uma confrontação ativa com o governo militar.

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