Hostilidades em Mianmar, que atravessa guerra civil, preocupam ONU
Investigadores estão reunindo evidências de supostos crimes contra a humanidade em meio ao conflito entre opositores e o regime militar
(Sputnik) - O Mecanismo Investigativo Independente para Mianmar está acompanhando de perto a escalada das hostilidades no estado costeiro ocidental de Rakhine para avaliar se crimes contra a humanidade estão sendo cometidos durante os combates, disse a ONU nesta quinta-feira (23).
"O Mecanismo Investigativo Independente para Mianmar está monitorando de perto a escalada dos combates no estado de Rakhine em Mianmar e avaliando se crimes contra a humanidade ou crimes de guerra foram cometidos. Estamos examinando numerosos relatos de combates de alta intensidade entre o exército de Mianmar e a [organização armada étnica] Exército Arakan, incluindo o aumento da violência e a destruição de propriedades no município de Buthidaung, o que supostamente resultou no deslocamento de milhares de civis, principalmente Rohingya," disse a ONU em um comunicado.
Os investigadores também estão reunindo evidências de supostos crimes internacionais em outras regiões de Mianmar, dizia o comunicado.
A ONU lembrou que pessoas que não participam das hostilidades não devem ser alvo, e pediu a todas as partes do conflito que minimizem os danos às habitações e infraestruturas civis.
Em fevereiro de 2021, os militares tomaram o poder em Mianmar usando um mecanismo constitucional para transferência de poderes em uma situação de emergência. Eles prenderam funcionários do governo, acusando-os de manipulação das eleições gerais, e posteriormente nomearam uma nova administração. A tomada de poder provocou grandes agitações civis, resultando em ampla resistência armada. A oposição criou um governo alternativo de unidade nacional, que inclui ex-membros do partido deposto Liga Nacional para a Democracia e representantes de forças políticas étnicas, que clamam por uma confrontação ativa com o governo militar.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: