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    Inquérito da ONU conclui que Israel comete crimes contra a humanidade em Gaza

    Ministro da Segurança Nacional de Israel, Ben-Gvir, ordenou pessoalmente a tortura de prisioneiros palestinos, informou o inquérito da ONU

    Menina palestina que teve membro amputado após ser ferida em ataque israelense (Foto: Reuters/Arafat Barbakh)

    247 - Israel cometeu crimes contra a humanidade durante suas ações na Faixa de Gaza, afirmou nesta quinta-feira (10) a Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre o Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental, e Israel.

    "O relatório constatou que as forças de segurança israelenses mataram, detiveram e torturaram deliberadamente profissionais de saúde e alvejaram veículos médicos enquanto apertavam o cerco a Gaza e restringiam as permissões para que as pessoas deixassem o território em busca de tratamento médico. Essas ações constituem os crimes de guerra de assassinato premeditado e maus-tratos, além da destruição de propriedade civil protegida, bem como o crime contra a humanidade de extermínio", afirmou o documento, citado pela agência Sputnik. 

    Tanto Israel quanto grupos armados palestinos torturam prisioneiros, descobriu a comissão.

    "A Comissão também investigou o tratamento de prisioneiros palestinos em Israel e de reféns israelenses e estrangeiros em Gaza desde 7 de outubro de 2023 e concluiu que tanto Israel quanto grupos armados palestinos são responsáveis por tortura e violência sexual e de gênero", disse o documento.

    O ministro da Segurança Nacional de Israel, Ben-Gvir, ordenou pessoalmente a tortura de prisioneiros palestinos, informou a comissão.

    "O relatório concluiu que os maus-tratos institucionalizados contra prisioneiros palestinos, uma característica de longa data da ocupação, ocorreram sob ordens diretas do ministro israelense responsável pelo sistema prisional, Itamar Ben-Gvir, e foram alimentados por declarações do governo israelense incitando à violência e à retaliação", concluiu o documento.

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