Irã pede à ONU que quebre o silêncio sobre as ameaças nucleares de Israel

247 - O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã (AEOI) destaca como o regime israelense confessou que possui armas nucleares e apela a uma reação global.

“Mais uma vez, um funcionário do regime sionista confessou possuir armas nucleares e o mais importante sobre isto é que, ao ameaçar o povo oprimido e inocente de Gaza, desafiou os princípios do direito internacional e a Carta das Nações Unidas", observou nesta quarta-feira (8)Mohamad Eslami em entrevista à agência de notícias local IRNA.

Para Eslami, chegou a hora de as organizações internacionais, especialmente as Nações Unidas (ONU), “quebrarem o silêncio face à grave ameaça [de Israel] à paz e segurança internacionais e tomarem medidas sérias”.

Por outro lado, prosseguiu, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), especialmente o seu diretor-geral, deve comportar-se com uma abordagem independente e diligente, devido à natureza estrutural daquele órgão e às funções que assume no quadro da não proliferação e desarmamento nuclear.

A Rússia afirma que a ameaça de um ministro israelita de usar uma bomba nuclear em Gaza traz à luz a sua posse de armas atômicas e outras verdades.

Eslami enfatizou a necessidade da AIEA, além de condenar as “ameaças destrutivas” de Israel, anunciar e relatar as consequências das ameaças israelenses sobre o uso de armas atômicas ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).

As declarações, feitas na segunda-feira, pelo ministro do património de Israel, o ultradireitista Amichai Eliyahu, de usar uma bomba nuclear contra Gaza causaram uma série de queixas alarmantes, como as expressas pelo Irã, grupos da Resistência e outros governos.

Israel é o único país na região que não assinou o Tratado de Não Proliferação (TNP) e sempre recusou qualquer inspeção da AIEA. Embora, segundo várias fontes, Israel tenha desenvolvido secretamente armas nucleares há mais de 50 anos e, embora não admita nem negue a sua posse, é um segredo aberto que possui entre 200 a 400 ogivas nucleares.