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    Israel ataca prédio da ONU em Gaza; Itamaraty aponta crime de guerra

    A vítima era membro de uma agência humanitária das Nações Unidas que atua na região

    Homem que, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, é funcionário da ONU, sendo levado a hospital após ser ferido por bombardeios (Foto: Ramadan Abed / Reuters)
    Leonardo Lucena avatar
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    247 - Um funcionário das Nações Unidas foi morto e outras cinco pessoas ficaram feridas após uma explosão no centro da Faixa de Gaza, conforme informou a ONU. A vítima, cuja identidade não foi divulgada, era membro de uma agência humanitária das Nações Unidas que atua na região. Os feridos, incluindo outros colegas da organização, foram encaminhados para receber atendimento médico. Os ataques ocorreram na última quarta-feira (19).

    O Ministério da Saúde de Gaza emitiu um comunicado. "Um morto e cinco feridos graves entre os funcionários estrangeiros que trabalham para as instituições das Nações Unidas [foram] enviados ao hospital dos Mártires de Al Aqsa [em Deir al Balah], depois do bombardeio".

    O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, lamentou a perda e pediu uma investigação imediata e transparente sobre o incidente. Ele também fez um apelo por maior proteção para os trabalhadores humanitários, que atuam em condições cada vez mais perigosas.

    A explosão ocorre em um momento de intensificação das tensões na região, com relatos de confrontos e ataques aéreos frequentes. A ONU tem alertado repetidamente sobre o impacto humanitário do conflito, que já deslocou milhares de civis e agravou a crise humanitária em Gaza.

    A organização reforçou seu apelo por um cessar-fogo imediato e por esforços diplomáticos para restaurar a paz na região. Enquanto isso, as equipes da ONU continuam no terreno, prestando assistência vital à população local, apesar dos riscos.

    Itamaraty

    Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, comandado por Mauro Vieira, disse que o “Brasil recorda que ataques intencionalmente dirigidos contra pessoal humanitário e funcionários das Nações Unidas, bem como contra suas instalações e bens, são crimes de guerra”.

    “Une-se ao Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, em seu apelo por uma investigação completa e transparente deste grave incidente, de modo que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados”, afirmou o Itamaraty, acrescentando que é necessário condenar “veementemente o ataque contra funcionários e instalações da Organização das Nações Unidas em Gaza, que resultou na morte e em ferimentos graves de funcionários do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS)”.

    Segundo a pasta, “ao expressar profunda consternação por mais este episódio de grave violação do direito internacional humanitário, o governo brasileiro reitera que todas as partes devem respeitar a inviolabilidade das instalações das Nações Unidas e garantir a proteção de seu pessoal, conforme determinam as Convenções de Genebra e seus Protocolos Adicionais”.

    “Exorta, ainda, Israel a assegurar a proteção e a liberdade de movimento do pessoal humanitário no Estado da Palestina. Expressamos nossas sinceras condolências às famílias das vítimas e reafirmamos nosso apoio inabalável ao trabalho das Nações Unidas e de suas agências, inclusive da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), na prestação de assistência humanitária no Estado da Palestina”.

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