Israel é denunciado por tortura e assassinato de 36 palestinos
Nas prisões israelenses são rotineiros os tratamentos degradantes aos detidos
Prensa Latina - As autoridades da Faixa de Gaza denunciaram nesta sexta-feira (21) que pelo menos 36 palestinos da Faixa de Gaza morreram nas prisões israelenses devido à tortura a que foram submetidos nos últimos nove meses.
Num comunicado, o governo de Gaza salientou que o número se soma aos 18 cidadãos da Cisjordânia que perderam a vida nas prisões israelenses desde 7 de outubro do ano passado.
O texto acusa Israel de cometer crimes contra a humanidade nas suas prisões, incluindo o desaparecimento forçado de detentos.
As prisões tornaram-se valas comuns para milhares de pessoas, alerta o documento, que critica instituições internacionais como a Cruz Vermelha por não agirem nesta situação.
De acordo com os testemunhos de numerosos detidos recentemente libertados, os métodos de tortura e de tratamento desumano e degradante são sistemáticos nestas instalações.
As práticas denunciadas são espancamentos, fome sistemática, privação de sono, falta de cuidados médicos, uso de cães para ameaçar e exposição a baixas temperaturas.
Um dos métodos de tortura é convidar funcionários e civis a testemunhar tais maus-tratos durante os interrogatórios como forma de insulto e humilhação, sublinhou.
A Autoridade Palestina para Assuntos de Prisioneiros e Ex-Prisioneiros condenou esta semana a tortura israelense contra cidadãos presos na Faixa de Gaza.
O assessor de comunicação social daquela instituição, Hassan Abd Rabbo, criticou as autoridades do país vizinho por impedirem a publicação de qualquer informação sobre as condições dos detidos.
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