Itamaraty critica Israel por atacar Gaza e cita "flagrante violação do Direito Internacional Humanitário"
MRE também pediu às partes que retomem as negociações visando uma cessação permanente das hostilidades
247 - O Ministério das Relações Exteriores, em nota nesta terça-feira (18), criticou os novos ataques de Israel à Faixa de Gaza e mencionou a "flagrante violação do Direito Internacional Humanitário" por parte do Estado judeu.
O governo brasileiro instou Israel a cumprir suas responsabilidades de proteger a população civil palestina e a suspender o bloqueio à entrada de ajuda humanitária em Gaza.
O Itamaraty pediu às partes que retomem as negociações visando uma cessação permanente das hostilidades. Também pediu a retirada completa das forças israelenses de Gaza e a libertação dos reféns.
Mais cedo nesta terça, as Forças de Defesa de Israel informaram que estavam realizando ataques aéreos maciços contra alvos do movimento palestino Hamas na Faixa de Gaza. O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país retomou os ataques à Faixa de Gaza em resposta à recusa do Hamas em aceitar o plano dos Estados Unidos de estender o regime de cessar-fogo e continuar a libertação de reféns. De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde de Gaza, mais de 400 pessoas foram mortas e mais de 500 ficaram feridas nos últimos ataques.
Leia abaixo a íntegra da nota:
O governo brasileiro deplora os novos ataques israelenses, realizados hoje, dia 18, contra áreas na Faixa de Gaza, inclusive em zonas anteriormente designadas como seguras, os quais provocaram a morte de centenas de palestinos, incluindo grande número de crianças, em flagrante violação do Direito Internacional Humanitário.
Ao assinalar a obrigação de que Israel, como potência ocupante, tome as medidas necessárias para proteger a população civil nos territórios ocupados, o Brasil insta o país a suspender as restrições à entrada de ajuda humanitária a Gaza e a restabelecer o fornecimento de eletricidade no território.
Exorta, ainda, as partes a cumprirem os termos do acordo de cessar-fogo anunciado em 15 de janeiro e a retomarem, com urgência, as negociações com vistas à cessação permanente das hostilidades, à retirada das forças israelenses de Gaza, à libertação de todos os reféns e ao estabelecimento de mecanismo robusto que garanta a entrada desimpedida de ajuda humanitária.
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