Kim Jong Un faz discurso de "orientação da luta em 2024"
Líder norte-coreano discursou na sessão plenária do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia
(Sputnik) - O líder norte-coreano, Kim Jong Un, disse que o país e o partido governante perceberam a impossibilidade de se associar com a Coreia do Sul e ordenou que todos os planos de trabalho com o lado sul-coreano e órgãos relevantes fossem reorganizados de acordo com a situação atual, informou neste domingo (31) a agência de notícias estatal KCNA.
Kim fez o anúncio na sessão plenária do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, que ocorreu de 26 a 30 de dezembro, proferindo um discurso de encerramento sobre "a orientação da luta em 2024".
"A conclusão geral tirada pelo nosso Partido, olhando para trás nas relações norte-sul de longa data, é que a reunificação nunca pode ser alcançada com as autoridades da República da Coreia [Coreia do Sul] que definiram a 'unificação por absorção' e 'unificação sob democracia liberal' como sua política de estado, o que está em nítida contradição com nossa linha de reunificação nacional baseada em uma nação e um estado com dois sistemas ... A realidade exige urgentemente que adotemos uma nova posição sobre as relações norte-sul e a política de reunificação", foi citado Kim pela KCNA.
Ações dos Estados Unidos e da Coreia do Sul estão mergulhando a península coreana em uma "crise incontrolável", disse Kim, criticando os EUA por trazerem armas nucleares para a península.
"Confrontos físicos podem ser causados e escalados até mesmo por um fator acidental leve na área ao longo da Linha de Demarcação Militar, onde grandes forças armadas de ambos os lados estão em confronto uma com a outra", disse Kim.
A Coreia do Sul está completamente "contaminada pela cultura Yankee" e atualmente não é nada além de um "lacaio colonial" dos EUA, e é por isso que as relações intercoreanas devem ser reorganizadas, disse o líder norte-coreano. O exército norte-coreano deve se preparar continuamente para conquistar todo o território da Coreia do Sul no caso de um conflito nuclear entre os dois países, e estar pronto para mobilizar todos os meios, incluindo armas nucleares, acrescentou Kim.
Na semana passada, o líder norte-coreano disse que Pyongyang responderia com um ataque nuclear a qualquer "provocação" nuclear. Na quarta-feira, Kim instruiu as forças militares da Coreia do Norte a acelerarem os "preparativos para guerra" para contra-atacar os "movimentos extremos de confronto" dos Estados Unidos e seus aliados na península coreana.
O presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol ordenou na quinta-feira que as forças armadas respondessem "imediatamente" aos ataques inimigos.
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