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    Kremlin nega que Putin e Trump tenham conversado

    "Isso é completamente falso. Isso é pura ficção", disse o porta-voz do Kremlin

    Dmitry Peskov (Foto: Sputnik / Mikhail Metzel / Kremlin via Reuters)

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    247 - Não houve conversa entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e todos os relatos sobre isso são falsos, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta segunda-feira (11), informou a Sputnik

    Mais cedo, o Washington Post afirmou, citando fontes, que Trump supostamente teve uma conversa por telefone com Putin em 7 de novembro.

    "Este é o exemplo mais óbvio da qualidade da informação que está sendo publicada agora, às vezes até mesmo em veículos bastante respeitáveis. Isso é completamente falso. Isso é pura ficção. É apenas informação falsa", disse Peskov aos repórteres, respondendo a uma pergunta relevante.

    Ainda não há planos concretos para qualquer conversa entre Putin e Trump, esclareceu o porta-voz.

    Não houve confirmação oficial do relatório do Washington Post.

    O jornal afirma que Trump pediu para não escalar o conflito na Ucrânia e supostamente expressou interesse em conversas subsequentes para discutir uma resolução rápida do conflito ucraniano.

    Trump teria sinalizado, em privado, que apoiaria um acordo de paz em que a Rússia manteria alguns territórios, segundo a publicação.

    Anteriormente, o conselheiro sênior de Trump e estrategista do Partido Republicano, Bryan Lanza, disse que os Estados Unidos sob a nova administração Trump não apoiariam Kiev em seu desejo de "retomar a Crimeia"; essa é uma posição irrealista, já que a Crimeia está perdida para a Ucrânia, e a prioridade de Washington seria encerrar o conflito.

    A Crimeia se tornou uma região russa em março de 2014, após um referendo realizado após o golpe na Ucrânia. No referendo, 96,77% dos eleitores na Crimeia e 95,6% em Sevastopol votaram pela adesão à Rússia. A Ucrânia ainda considera a Crimeia seu território temporariamente ocupado, e os países ocidentais apoiam Kiev nessa questão. A liderança russa afirmou repetidamente que os residentes da Crimeia votaram para se reunirem com a Rússia de forma democrática, em total conformidade com o direito internacional e a Carta da ONU. Segundo o presidente russo, a questão da Crimeia está "encerrada de uma vez por todas."

    Anteriormente, o Wall Street Journal relatou, citando fontes, que a equipe de Trump supostamente propôs congelar o conflito na Ucrânia, criando uma zona desmilitarizada ao longo da linha de frente e novos suprimentos de armas em troca da promessa de Kiev de não aderir à Otan temporariamente. A publicação não especificou quem exatamente manteria a segurança na zona desmilitarizada, mas uma de suas fontes descartou que pudesse ser o exército dos EUA ou os capacetes azuis da ONU.

    Em junho, Putin apresentou iniciativas para um acordo pacífico do conflito na Ucrânia: Moscou cessaria fogo imediatamente e declararia sua disposição para negociações após a retirada das tropas ucranianas do território das novas regiões da Rússia. Além disso, o líder russo acrescentou, Kiev deve declarar sua renúncia às intenções de aderir à Otan, realizar desmilitarização e desnazificação, e adotar um status neutro, não alinhado e não nuclear. Putin também mencionou o levantamento das sanções contra a Rússia nesse contexto. (Com informações da Sputnik). 

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