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    Líder da revolta na Síria diz que país não é mais uma ameaça aos vizinhos

    Durante a entrevista, Al-Shara buscou distanciar o HTS de sua origem ligada à Al-Qaeda

    Abu Mohammed al-Julani, líder do grupo armado Hayat Tahrir al-Sham (HTS) (Foto: AFP)

    247 - Em uma rara entrevista à BBC, Ahmed Al-Shara, também conhecido como Abu Mohammed Al-Jolani, líder do grupo Hay'at Tahrir al-Sham (HTS), fez um apelo pelo levantamento de sanções econômicas contra a Síria e a reavaliação da designação do HTS como uma organização terrorista. Al-Shara defendeu que “a Síria não é uma ameaça para seus vizinhos ou para o Ocidente” e que é necessário diferenciar vítimas de opressores nas políticas internacionais.

    Argumentos de Al-Shara

    Durante a entrevista, Al-Shara buscou distanciar o HTS de sua origem ligada à Al-Qaeda e apresentou o grupo como uma entidade com preocupações locais, voltada para a administração de Idlib. Ele afirmou que seu grupo “não tem como alvo civis ou áreas civis” e se considera uma “vítima de crimes cometidos pelo regime de Assad”.

    O líder também rejeitou comparações entre a Síria e o Afeganistão, enfatizando que há “diferenças significativas nas tradições e mentalidades entre os dois países”.

    Sobre questões sociais e culturais, Al-Shara destacou que o HTS apoia a educação feminina, apontando que “as estudantes representam mais de 60% da população universitária em Idlib”. Ele ainda mencionou que questões como o consumo de álcool serão decididas por um comitê sírio de especialistas legais, que terá a tarefa de redigir uma constituição.

    Impacto das sanções

    Al-Shara criticou as sanções internacionais, alegando que foram inicialmente direcionadas ao regime de Assad, mas agora prejudicam a população em geral. Ele argumentou que “a vítima e o opressor não devem ser tratados da mesma forma” e pediu que o Ocidente reavalie sua postura em relação ao HTS e sua influência em Idlib.

    Contexto geopolítico

    O apelo de Al-Shara ocorre em meio a uma situação humanitária grave na Síria, onde milhões de pessoas enfrentam dificuldades extremas devido à guerra prolongada e às sanções econômicas. Idlib, último grande reduto controlado por forças contrárias ao regime de Bashar al-Assad, permanece um ponto crítico no conflito sírio.

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