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    Lula encerrará alianças ultraconservadoras de Bolsonaro e reposicionará Brasil no mundo

    A ONU comemorou a vitória de Lula porque, a partir de agora, a agenda bolsonarista que tentava minar direitos básicos em escala global passará a se enfraquecer, diz Jamil Chade

    Lula e projeção de Bolsonaro em Nova York (Foto: REUTERS/Carla Carniel | Divulgação)

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    247 - O terceiro mandato de Lula (PT) na presidência do Brasil será, também, marcado por um reposicionamento do país nas relações internacionais, após quatro anos de negacionismo climático e alianças ultraconservadoras de Jair Bolsonaro (PL). A informação é do colunista Jamil Chade do portal Uol.

    Sob o presidente petista, o Brasil deve criar um bloco estratégico com a Indonésia e a República Democrática do Congo visando a defesa florestal, dado que os três países possuem 52% das florestas tropicais do mundo. "A meta será a de mostrar compromisso com a luta contra o desmatamento, mas também pressionar para que haja uma contrapartida dos países ricos. Não se exclui a possibilidade de que outros governos se unam à iniciativa", informa o colunista.

    As alianças com países da América Latina também devem se fortalecer, retomando a ideia da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e sepultando alianças conservadoras como o 'Grupo de Lima', que havia surgido para pressionar Nicolás Maduro e a Venezuela. O grupo já havia perdido força com a eleição de presidentes progressistas na América do Sul, e a vitória de Lula representa a "pá de cal" na iniciativa reacionária.

    O país também deve sair do chamado 'Consenso de Genebra', aliança ultraconservadora criada por Donald Trump, Jair Bolsonaro e os ex-ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos). Tal aliança tinha como meta "impedir e até verter qualquer referência em organismos internacionais a temas sobre direitos reprodutivos e acesso à saúde sexual para meninas e mulheres", de acordo com Jamil Chade. Após a derrota de Trump nos EUA, o Brasil de Bolsonaro era o principal pivô de tal movimento.

    A ONU comemorou a vitória de Lula no sentido de que, a partir de agora, tal agenda bolsonarista que tentava minar direitos básicos em escala global passará a se enfraquecer.

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