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Lula nega que tenha usado a palavra “Holocausto” e reafirma que Netanyahu está praticando genocídio

“O governo de Israel quer efetivamente acabar com os palestinos” nesse território, afirmou o presidente

Luiz Inácio Lula da Silva, Benjamin Netanyahu e a Faixa de Gaza (Foto: Reprodução (RedeTV) I Reprodução)

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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou, nesta terça-feira (27), ter usado a palavra “Holocausto” ao condenar o genocídio de Israel contra os palestinos. “Primeiro, eu nem utilizei a palavra ‘Holocausto’. ‘Holocausto’ foi interpretação do primeiro-ministro de Israel, não foi minha”, disse Lula em entrevista à RedeTV.

Lula assinalou que não tinha expectativas sobre a reação do primeiro-ministro israelense: “Eu não esperava que o governo de Israel fosse compreender, porque eu conheço o cidadão [Netanyahu] historicamente já há algum tempo. Eu sei o que ele pensa ideologicamente”, acrescentou.

Lula reafirmou que é um “dado histórico” que Netanyahu “está praticando um genocídio contra mulheres e crianças” na Faixa de Gaza. “O governo de Israel quer efetivamente acabar com os palestinos” nesse território, afirmou.

O presidente do Brasil, cujo país preside o G20 este ano, condenou “os ataques terroristas” de 7 de outubro, quando comandos do Hamas mataram 1.160 pessoas, na maioria civis, e sequestraram cerca de 250 no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados israelenses.

Mas ele tem sido cada vez mais crítico da resposta militar israelense, na qual quase 30.000 pessoas foram mortas em Gaza, em sua grande maioria civis, segundo o Ministério da Saúde desse território palestino governado pelo Hamas.

Pela rede X, antigo Twitter, Lula divulgou uma de suas afirmações durante a entrevista à TVT. “Eu fui o primeiro presidente da República a visitar o Estado de Israel, quando ninguém visitava. Eu fiz muitas reuniões com o povo judeu. Eu visitei kibutzim. Nesta crise eu fiz reuniões com famílias que tiveram familiares sequestrados e falei com líderes de países da região nos esforços de libertação dos reféns. Nunca misturo a atitude de um povo com as ações de um governante. E o que eu quero dizer em alto e bom som: o primeiro-ministro de Israel está praticando um genocídio contra mulheres e crianças”.

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