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    Lula propõe referendo para pôr fim à guerra na Ucrânia

    O presidente brasileiro argumentou que o mecanismo seria uma abordagem mais democrática para definir a quem pertence os territórios em disputa

    Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/YouTube/Lula)

    247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs nesta sexta-feira (1º) a realização de um referendo popular como forma de resolver o conflito entre Rússia e Ucrânia. Durante uma entrevista ao canal de televisão francês TF1, Lula argumentou que o mecanismo seria uma abordagem mais democrática para definir a quem pertence os territórios em disputa. 

    "A Rússia diz que o território que ela está ocupando [na Ucrânia] é russo. A Ucrânia diz que é deles. Em vez de guerra, por que não se faz um referendo para saber com quem o povo quer ficar? Seria mais simples, mais democrático. Vamos consultar o povo e deixar o povo decidir se quer ficar com um ou com o outro", afirmou o presidente.

    Questionado sobre a possibilidade de o conflito entre as duas nações ser discutido no encontro do G20, que ocorrerá neste mês no Rio de Janeiro, Lula afirmou que esse não seria o espaço apropriado.

    "Nós não convidamos o Zelensky [presidente da Ucrânia] para participar [do G20] e o Putin não vai participar. Nós não achamos que o fórum do G20 será o espaço para discutir a guerra entre os dois países. Acho que o companheiro Putin e o companheiro Zelensky não virão a esse encontro e acho que seria importante porque queremos discutir outras coisas. Não [queremos] transformar o G20 sobre a guerra, seja Israel ou Ucrânia", argumentou.

    O presidente também citou a proposta de paz apresentada pelo Brasil e pela China e defendeu um papel mais ativo da ONU na mediação do conflito. 

    "Nem o Zelensky nem o Putin querem sentar [para conversar sobre a paz]. Alguém tem que tomar a iniciativa [de puxar um diálogo sobre a paz entre Rússia e Ucrânia], eu acho que a ONU devia tomar a iniciativa. Está faltando interlocução, está faltando pessoas com credibilidade para serem ouvidas. O Brasil está dizendo em alto e bom som que nós não queremos participar do conflito. Na hora que houver vontade de as pessoas conversarem, nós [Brasil] estaremos dispostos a sentar à mesa para ver se encontramos uma solução pacífica", afirmou. “Precisamos de pessoas dispostas a conversar e dialogar para encontrar soluções para os problemas do mundo. Seja no Iêmen, no Irã, no Sudão, em Israel, no Líbano, na Rússia ou na Ucrânia, devemos ter a capacidade de dialogar”.

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