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Mais de 600 mil crianças estão sitiadas na Faixa de Gaza sem ter como sair, denuncia Unicef

Fundo alerta que "crianças estão morrendo em um ritmo alarmante" na Faixa de Gaza. Neste domingo (3), pelo menos 15 morreram por desnutrição e desidratação no enclave

Crianças palestinas deslocadas esperam para receber comida em um acampamento, em meio à escassez de alimentos na Faixa de Gaza (Foto: Reuters/Ibraheem Abu Mustafa)

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, Sputinik - Pelo menos 15 crianças palestinas morreram em decorrência de desnutrição e desidratação, neste domingo (3), no hospital Kamal Adwan, na Cidade de Gaza.

A informação foi dada pelo Ministério da Saúde palestino, poucas horas após o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) chamar atenção para os impactos da escassez de alimentos na Faixa de Gaza.

O fundo alertou que a escalada de violência no enclave está tendo um impacto catastrófico nas crianças e famílias palestinas.

"As crianças estão morrendo em um ritmo alarmante. Milhares de pessoas foram mortas e milhares ficaram feridas. Estima-se que cerca de 1,7 milhão de pessoas na Faixa de Gaza tenham sido forçadas a se deslocar internamente, metade das quais crianças", disse um comunicado da Unicef.

"Eles não têm acesso suficiente a água, alimentos, combustível e medicamentos. As suas casas foram destruídas; suas famílias dilaceradas. Mais de 600 mil crianças – metade da população deslocada – estão presas em Rafah. Não há nenhum lugar seguro para ir", acrescentou a autarquia da Organização das Nações Unidas (ONU).

O fundo afirmou ainda que "mesmo as guerras têm regras", e que nenhuma criança "deve ser excluída dos serviços essenciais, nem sair do alcance das mãos humanitárias".

"Nenhuma criança deve ser mantida como refém ou usada de qualquer forma em conflitos armados. Os hospitais e as escolas devem ser protegidos contra bombardeios e não devem ser utilizados para fins militares, de acordo com o direito humanitário internacional. O custo desta violência para as crianças e as suas comunidades será suportado pelas gerações vindouras", diz o comunicado.

Na noite de sábado (2), um bombardeio israelense atingiu civis na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, próximo ao hospital Emirati.

A escalada de violência tem intensificado o sofrimento da população civil. Estima-se que desde 7 de outubro de 2023, quando o grupo Hamas atacou Israel com mísseis, matando 1,1 mil israelenses, as Forças de Defesa de Israel (FDI), em resposta, já tenham matado mais de 30 mil palestinos.

Mais cedo, uma delegação do Hamas chegou ao Cairo para negociar um cessar-fogo com mediadores do conflito. Porém, Israel optou por não negociar a trégua, após o Hamas s recusar a fornecer uma lista com os nomes dos reféns israelenses que ainda estão vivos.

Ademais, o Hamas não concordou com os termos apresentados pelos Estados Unidos, um dos mediadores do cessar-fogo, que determinava que Israel libertasse centenas de prisioneiros palestinos em troca de 40 reféns israelenses mantidos no enclave. O grupo palestino não comentou o motivo da recusa à proposta americana.

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