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    "Mandela ensinou que nossa liberdade nunca será plena até que palestinos sejam livres", diz presidente da África do Sul

    Cyril Ramaphosa destacou que a África do Sul é o único país do mundo genuinamente preocupado com o que ele chamou de "massacre" dos palestinos em Gaza

    Presidente Cyril Ramaphosa (Foto: Rodger Bosch/Pool via REUTERS/File Photo)
    Guilherme Paladino avatar
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    247 - O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, expressou seu firme compromisso com a busca da liberdade para o povo palestino, afirmando que a luta pela liberdade dos palestinos está intrinsecamente ligada à história de liberdade da própria África do Sul. Suas declarações foram feitas após a apresentação do caso da África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, nesta quinta-feira (11).

    Em uma entrevista concedida horas após uma equipe de renomados juristas globalmente aclamados apresentar o caso sul-africano na CIJ, Ramaphosa destacou que a África do Sul é o único país do mundo genuinamente preocupado com o que ele chamou de "massacre" dos palestinos em Gaza.

    De acordo com o jornal irlandês Sunday World, o presidente sul-africano ressaltou que o país mobilizou recursos significativos para reunir uma equipe jurídica formidável para representá-los no caso contra Israel na CIJ. Ele enfatizou a necessidade de agir diante do que considera um genocídio em curso contra os palestinos.

    Ramaphosa declarou: "Colocamos uma equipe jurídica formidável para representar a África do Sul em nosso caso contra Israel na Corte Internacional de Justiça. Fizemos isso porque estamos testemunhando o horror do assassinato de palestinos na Faixa de Gaza".

    Ele continuou, mencionando que muitas pessoas e países têm tentado de tudo para apelar a Israel para interromper o que ele descreve como um genocídio em andamento, mas Israel persiste. "Sentimos que temos o dever, como membros da CIJ, porque fomos ensinados por Nelson Mandela que nossa liberdade nunca será completa até que a liberdade da Palestina também seja alcançada", disse.

    O presidente concluiu, afirmando: "Nunca me senti tão orgulhoso quanto hoje, quando nossa equipe jurídica estava argumentando nosso caso em Haia".

    Por sua vez, o advogado Tembeka Ngcukaitobi, representante da África do Sul no caso apresentado ao Tribunal Internacional de Justiça contra Israel por genocídio, destacou durante a audiência que é "evidente" a "intenção genocida contra os palestinos". Ele enfatizou que a África do Sul não está sozinha em chamar a atenção para a retórica genocida de Israel, citando relatores especiais da ONU e membros dos grupos de trabalho da ONU que alertaram sobre um genocídio em formação em Gaza.

    Ngcukaitobi apontou o padrão de ataques a casas de famílias e infraestruturas civis, a devastação de vastas áreas de Gaza e a declaração explícita de líderes políticos e militares israelenses sobre a intenção genocida. O advogado ressaltou que essa intenção é evidente na condução dos ataques militares, com 1% da população palestina em Gaza sendo sistematicamente dizimada e uma em cada quatro pessoas ficando ferida desde 7 de outubro.

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