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Mélenchon defende unidade contra a extrema direita após convocação de eleições antecipadas

O líder da esquerda francesa chamou à formação de uma frente ampla contra a ascensão da extrema direita

(Foto: REUTERS/Sarah Meyssonnier)

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247 – Em uma resposta imediata ao anúncio do presidente Emmanuel Macron sobre a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de novas eleições legislativas, Jean-Luc Mélenchon, líder da esquerda francesa, chamou à formação de uma frente ampla contra a ascensão da extrema direita. Macron, citando os resultados decepcionantes para seu partido nas recentes eleições europeias de 2024, onde o Rassemblement National de extrema-direita conquistou mais de 30% dos assentos franceses, declarou eleições para os dias 30 de junho e 7 de julho.

Macron admitiu que o desempenho do seu partido "não é um bom resultado para os partidos que defendem a Europa" e expressou preocupação com o avanço dos partidos de extrema direita em todo o continente. Ele utilizou o artigo 12 da Constituição francesa para convocar a eleição, sinalizando a importância de reafirmar a soberania democrática do povo francês neste momento crítico.

Enquanto isso, Fabien Roussel, do Partido Comunista Francês, expressou um otimismo cauteloso sobre as eleições antecipadas, interpretando o resultado das europeias como uma rejeição clara às políticas de Macron. Roussel comentou que, apesar do PCF não ter conseguido ultrapassar a barreira dos 5% para enviar representantes a Estrasburgo, as eleições legislativas representam uma nova oportunidade para desafiar o status quo e promover mudanças.

Diante deste cenário, Mélenchon enfatiza a necessidade de uma colaboração ampla na esquerda para enfrentar a crescente influência da extrema direita, sugerindo que apenas uma união sólida e coesa poderá contrariar o ímpeto dos adversários conservadores e extremistas. A convocação dessas eleições é vista por muitos como um momento decisivo para o futuro político da França, onde a balança de poder poderá inclinar-se significativamente dependendo da capacidade de mobilização e união entre os partidos de esquerda.

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