Na Inglaterra, Lula defende soltura de Assange e cobra mobilização da imprensa mundial: "prisão vergonhosa"
"O jornalista denunciou que um Estado estava vigiando os outros e isso virou crime contra ele? E a imprensa não faz um movimento para libertar esse cidadão?" questiona o presidente
247 - Durante coletiva de imprensa em Londres neste sábado (6), o presidente Lula (PT) defendeu a soltura do jornalista Julian Assange, fundador do WikiLeaks preso por revelar ao mundo documentos do Departamento de Estado dos EUA, que mostraram conversas entre diplomatas americanos e líderes de outros países e revelaram ações secretas do país no exterior, assim como a ação durante a invasão do Iraque.
Assange está preso justamente em Londres, a cerca de 10 km onde o chefe de Estado brasileiro falou com jornalistas na manhã de hoje. O jornalista aguarda um caso de extradição para os EUA.
"Eu acho uma vergonha. É uma vergonha que o Assange, um jornalista que denunciou falcatruas de um Estado contra os outros, esteja preso, condenado a morrer na cadeia, e a gente não faça nada para libertá-lo. É um negócio maluco, a gente que briga e fala em liberdade de expressão, e o cara está preso porque denunciou as falcatruas. E a imprensa não se mexe na defesa desse jornalista, eu sinceramente não consigo entender", declarou Lula quando questionado sobre o tema.
O presidente reforçou que conversará com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, por telefone sobre o assunto quando retornar ao Brasil, e cobrou uma mobilização da imprensa internacional em defesa de Assange: "eu até peço perdão porque foi um assunto que esqueci de falar com o primeiro-ministro, vou ligar para ele quando chegar no Brasil. Acho que é preciso um movimento da imprensa mundial em defesa da liberdade dele. Na defesa da liberdade para denunciar as coisas".
"Ele denunciou que um Estado estava vigiando os outros e isso virou crime contra o jornalista? E a imprensa, que defende a liberdade de imprensa, não faz um movimento para libertar esse cidadão?", questionou Lula.
Assista à entrevista completa:
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