Na Sérvia, novos protestos contra o governo tomam as ruas (vídeo)
Dezenas de pessoas ficaram feridas em repressão que teria contado com "canhão sônico". Protesto, que começou pacífico, tornou-se violento
247 - Um protesto antigovernamental na capital sérvia, Belgrado, que começou pacífico, tornou-se violento, resultando em 56 feridos e 22 pessoas presas. Os manifestantes usaram bombas de fumaça e sinalizadores para expressar sua rejeição ao governo, informou o canal RT.
Uma multidão de mais de 80 mil manifestantes tomou as ruas e foi reprimida com um "Dispositivo de Áudio de Longo Alcance (LRAD, na sigla em inglês)", segundo as informações divulgadas pelo canal e pela mídia local. No entanto, o governo sérvio negou as acusações de uso do dispositivo.
A violência eclodiu quando “algumas dezenas de pessoas em estado de embriaguez” tentaram atacar policiais e outras pessoas nos arredores do prédio presidencial, afirmou o presidente Aleksandar Vucic em pronunciamento no sábado (15). As forças de segurança prenderam 22 indivíduos por agressões a agentes de segurança e danos ao patrimônio.
Ele também disse que os cidadãos sérvios não querem "uma revolução colorida".
Os protestos, inicialmente desencadeados pela indignação pública após o trágico colapso de uma infraestrutura em Novi Sad, em novembro passado, evoluíram para um movimento mais amplo, exigindo transparência, responsabilização e o fim da corrupção. Manifestantes, incluindo estudantes, educadores e agricultores, acusam o governo de negligência e má gestão.
Analistas disseram que o país vem sofrendo pressão de países ocidentais para se afastar da Rússia e da China. Nesse contexto, na última semana, o Ministério Público da Bósnia emitiu mandados de captura contra o presidente da Republika Srpska, Milorad Dodik, apoiado por Vucic, e outros dois altos funcionários, acusando-os de violar a Constituição. Segundo as acusações, Dodik implementou novas leis que buscam impedir o funcionamento das instituições de segurança e judiciais do Estado no território que abrange aproximadamente metade do país nos Balcãs Ocidentais. Ele nega as acusações. O secretário-geral da Otan reafirmou na última semana o "apoio inabalável" da aliança militar à integridade territorial da Bósnia.
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