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"Não tenho medo de perder trabalhos e continuarei a falar sobre a Palestina", diz Bella Hadid, cancelada pela Adidas

Modelo já se pronunciou em entrevistas passadas sobre a perda de contratos de trabalho por demonstrar apoio à causa dos palestinos

Bella Hadid (Foto: Reuters/Johanna Geron)

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247 - A Adidas recentemente promoveu a retirada de imagens da modelo Bella Hadid de anúncios promovendo o tênis SL72, lançado originalmente para coincidir com os Jogos Olímpicos de Munique de 1972. A decisão ocorreu após críticas de Israel sobre a participação de Hadid na campanha. A empresa alemã de roupas esportivas afirmou estar "revisando" sua campanha após a repercussão negativa.

Hadid, uma das supermodelos mais fotografadas e requisitadas do momento, é conhecida por seu apoio à causa palestina. Filha do desenvolvedor imobiliário palestino-americano Mohammad Hadid e da modelo holandesa Yolanda Hadid, Bella tem usado suas plataformas para advogar pela paz e justiça na região.

Em uma entrevista de 2022 à GQ Magazine, Hadid afirmou que não tem medo de perder oportunidades de trabalho devido ao seu ativismo. "Eu percebi que não estou nesta terra para ser modelo", disse ela. Hadid explicou que, após o divórcio de seus pais em 2000, sentiu-se "extraída" de suas raízes, o que a deixou "muito, muito triste e solitária". Ela expressou o desejo de ter crescido em um ambiente onde pudesse praticar o Islamismo e viver em uma cultura muçulmana.

Hadid também se pronunciou contra os comentários anti-muçulmanos e anti-palestinos, especialmente durante as tentativas do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, de impor proibições de viagem que afetavam muçulmanos e migrantes. "Estou orgulhosa de ser muçulmana e filha de um refugiado", declarou a modelo na época.

A decisão da Adidas de remover Hadid de sua campanha veio após a conta oficial de Israel no X (anteriormente conhecido como Twitter) criticar a participação da modelo, relembrando que "onze israelenses foram assassinados por terroristas palestinos durante as Olimpíadas de Munique". Hadid, que já havia atraído a ira do governo israelense por supostamente entoar o slogan “Do rio ao mar, a Palestina será livre”, foi novamente acusada de antissemitismo.

Em um comunicado, a Adidas afirmou que a campanha "une uma ampla gama de parceiros" e pediu desculpas por qualquer "aborrecimento ou angústia causados". A empresa ressaltou que as conexões feitas com eventos históricos trágicos foram "completamente não intencionais" e que estão revisando o restante da campanha.

A decisão gerou uma onda de críticas nas redes sociais, com muitos internautas pedindo um boicote à marca. Usuários expressaram indignação, considerando o movimento da empresa como um apoio ao genocídio promovido por Israel contra o povo palestino. Bella Hadid, por sua vez, continua a usar suas plataformas para advogar pela paz e justiça na região. Em outubro do ano passado, ela fez uma declaração no Instagram lamentando a perda de vidas inocentes e convocando seus seguidores a pressionarem seus líderes para proteger os civis em Gaza.

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