Netanyahu, denunciado por genocídio, passará por cirurgia de hérnia neste domingo
No sábado à noite, durante um exame de rotina para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, foi encontrada uma hérnia", disse seu gabinete em um comunicado
Reuters - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, será submetido a uma cirurgia neste domingo por causa de uma hérnia, informou seu gabinete, no momento em que ele trava uma guerra contra o Hamas em Gaza e menos de um ano depois de ter recebido um marca-passo.
"No sábado à noite, durante um exame de rotina para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, foi encontrada uma hérnia", disse seu gabinete em um comunicado, acrescentando que o líder de 74 anos de idade estará sob anestesia geral durante sua cirurgia no domingo.
Sinalizando que seu estado não é grave, o gabinete de Netanyahu anunciou que ele dará uma coletiva de imprensa antes do procedimento.
O ministro da Justiça, Yariv Levin, substituirá Netanyahu durante a operação, segundo o comunicado.
Netanyahu recebeu um marca-passo em julho do ano passado, enquanto Israel estava envolvido em sua pior crise interna em décadas, com protestos generalizados contra o plano de reforma judicial de seu governo de extrema direita.
Esses protestos cessaram em 7 de outubro, quando o grupo islâmico palestino Hamas lançou seu ataque no sul de Israel, matando 1.200 pessoas e levando mais de 250 reféns para Gaza.
Em seguida, Israel lançou uma ofensiva aérea, marítima e terrestre em Gaza, com o objetivo declarado de acabar com o domínio do Hamas no local e desmantelar suas capacidades militares.
Mais de 32.000 palestinos foram mortos na guerra e Israel tem enfrentado intensa e crescente pressão internacional sobre o número de mortos e a grave crise humanitária em Gaza.
A popularidade de Netanyahu, que já estava em baixa por causa da crise judicial, caiu ainda mais desde a guerra, com sucessivas pesquisas de opinião mostrando pouca confiança em sua liderança e uma derrota para rivais mais centristas se houvesse uma eleição.
Com cerca de 130 reféns ainda em Gaza, tem havido protestos constantes contra o governo de Netanyahu por não conseguir trazê-los de volta. O governo está enfrentando uma nova crise em relação às isenções dos homens judeus ultraortodoxos do serviço militar, uma questão que está dividindo as opiniões dentro do próprio gabinete do primeiro-ministro.
Agora em seu sexto mandato, Netanyahu é o líder mais antigo de Israel. Ele também é o primeiro premiê em exercício do país a ser acusado de corrupção. Seu julgamento ainda está em andamento e ele nega qualquer irregularidade.
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