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Netanyahu diz que Israel deve controlar fronteira de Gaza com Egito

O primeiro-ministro israelense insiste no controle do Corredor Filadélfia e cria impasse nas negociações por cessar-fogo

Benjamin Netanyahu em discurso no Congresso dos Estados Unidos (Foto: Reprodução (X/Fepal))

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Reuters - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou nesta segunda-feira (2) os pedidos para suavizar sua exigência de manter tropas na área da fronteira sul de Gaza como preço para um acordo de cessar-fogo, dizendo que era vital para Israel controlar uma importante linha de vida para o Hamas.

A questão do chamado Corredor Filadélfia, no extremo sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, tem sido um grande obstáculo nos esforços para garantir um acordo para interromper os combates em Gaza e devolver os reféns israelenses mantidos pelo Hamas.

O Hamas rejeitou qualquer presença israelense, enquanto Netanyahu insistiu que Israel não abandonará o corredor, onde tropas israelenses descobriram dezenas de túneis que, segundo elas, foram usados ​​para contrabandear armas e munições para Gaza. "Eu insisto que estejamos lá", disse o primeiro-ministro israelense.

A posição de Netanyahu sobre as negociações, que continuam há semanas sem mostrar sinais de avanço, frustrou aliados, incluindo os Estados Unidos, e aumentou o atrito com seu próprio ministro da Defesa, Yoav Gallant.

No domingo, Gallant, que entrou em conflito repetidamente com Netanyahu e outros ministros, pediu ao gabinete que revertesse uma decisão anterior de manter tropas no Corredor da Filadélfia para chegar a um acordo para trazer mais reféns para casa.

Questionado se demitiria seu ministro da defesa, Netanyahu disse que eles poderiam continuar trabalhando juntos "enquanto houver confiança". "Mas essa confiança requer uma coisa antes de tudo - que todos os ministros, sem exceção, sejam responsáveis ​​pelas decisões do governo e do gabinete", ele disse. "E essa é a principal coisa que está sendo testada agora."

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que Netanyahu não estava fazendo o suficiente para garantir um acordo de reféns, uma questão que ganhou urgência renovada após a recuperação dos corpos de seis reféns no domingo, apenas horas depois de terem sido mortos a tiros.

Questionado sobre os comentários de Biden, Netanyahu disse que a pressão deveria ser aplicada ao Hamas, não a Israel.

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