Netanyahu se recusa a acordo com o Hamas e entra em conflito com seus chefes de segurança
O primeiro-ministro israelense faz novas exigências para aceitar o cessar-fogo
Sputnik - Segundo reportagem publicada no jornal Financial Times, os altos funcionários dos setores militar e de segurança do governo israelense pressionam Netanyahu a aceitar um acordo com o Hamas, enquanto o primeiro-ministro se recusa e continua adicionando requisitos para um cessar-fogo no conflito.
De acordo com a reportagem, Netanyahu "está em desacordo" com os principais chefes de segurança de sua administração sobre o entendimento que poderia colocar uma pausa na guerra de Israel contra os palestinos, bem como aliviar as tensões na região, incluindo o conflito com o movimento Hezbollah.
"Os funcionários de segurança que apoiam um acordo incluem o chefe das Forças de Defesa de Israel, Herzi Halevi; o chefe da agência de espionagem Mossad, David Barnea, principal negociador de Israel nas conversas; e Ronen Bar, chefe da agência de segurança interna Shin Bet (...). Uma pessoa familiarizada com a situação disse que todas as figuras de defesa presentes em uma reunião na semana passada estavam a favor de chegar a um acordo", indica o jornal.
De acordo com o FT, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, também é a favor de assinar um acordo, e o artigo lembra que, em uma recente conversa com seu homólogo italiano, o funcionário israelense sentenciou que era "importante alcançar um acordo imediatamente para o retorno dos reféns".
No entanto, a reportagem aponta que os recentes assassinatos do líder político do Hamas, Ismaíl Haniye, apontado como o principal ponto de contato de comunicação com os mediadores para elaborar o acordo, e do chefe militar do Hizbulá, Fuad Shukr, poderiam fazer retroceder as conversas.
"Israel assumiu a responsabilidade pelo ataque que matou Fuad Shukr no sul de Beirute na semana passada, mas não confirmou nem negou que tenha matado Haniye horas depois na capital do Irã", detalha o artigo.
A disputa entre Netanyahu e seus chefes de defesa se tornou conhecida depois que no fim de semana passado os meios de comunicação israelenses informaram sobre uma suposta briga entre Netanyahu e seus chefes de segurança durante uma reunião.
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